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A música e a história na vida de Enori Chiaparini

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Enori Chiaparini nascido em 1955, na cidade de Gaurama, sempre teve a presença da música me sua vida, em especial por sua família ter uma relação bastante próxima com a mesma, apesar de antagônica.
Filho de Nésio Chiaparini e Rosalina Chiaparini Tonin (que além de Enori, tiveram outro filho músico, que tem uma atuação bastante relevante na música da região, Sívio Chiaparini), e tem como avós paternos José Chiaparini e Luíza Sacomori, e avós maternos David Tonin e Maria Mores, e em todas estas junções familiares, em todas existem músicos (inclusive seu bisavô que era gaiteiro), e mesmo no ramo dos Chiaparini, que não é encontrado diretamente (mas casado com Sacomori que tinha uma tradição na música), desde a década de 1930, por ter uma casa bastante grande, os bailes da região eram realizados na mesma.
Apesar desta proximidade com a música, ao mesmo tempo, toda a sociedade dos imigrantes italianos da época, nãoviam a música com bons olhos, em especial instrumento como o violão, que tinha sua imagem ligada à boemia.
As primeiras apresentações de música ao vivo, eram de bandas marciais e fanfarras, em que animavam bailes e festas da comunidade. Já no início de sua adolescência, teve contato através do rádio com a música da Jovem Guarda, que o fascinou e marcaria sua vida para sempre.
A primeira vez que Enori Chiaparini viu o instrumento que conhecia pelo som e pela sua imaginação (a guitarra elétrica), foi em um baile na localidade de Baliza, ao assistir o Jazz Garoa de Ouro, em que faziam parte o guitarrista Silvino Mores, o baterista Artemio Bedenarski, o acordeonista Nelson Sirena além de Sadi Sirena na escaleta.
Sua paixãopela música era tamanha, que apesar do receio da sociedade e de sua família com relação a mesma, que seus pais o presentearam com um violão da marca Gianinnide cor vermelha, quando estava no ginásio escolar, na mesma época que a luz elétrica chegava a comunidade, em torno de 1972.
Mas ter o instrumento somente, não resolvia, precisava aprender a toca-lo, e quem ensinou os primeiros passos ao violão foi um alemão chamado Orlando Rome que morava nas proximidades.
Durante seu período de estudos no Colégio Libano Alves de Oliveira, em que estudava a noite para poder trabalhar durante o dia, que Enori Chiaparini teve contato com outra forma de música que até então desconhecia, a música instrumental. Em uma noite, o então professor de Técnicas Agrícolas, Arnaldo Savegnago (que tocava guitarra na Banda Os Cometas e posteriormente no grupo Los Bravos), apresentou algumas obras como Tema de Lara.
Arnaldo seria então professor de música de Enori Chiaparini e de seu futuro colega de banda Moarcir Parmegiani, que montariam o Grupo Som Livre em 1975, que além de Enorie Moarcir, na guitarra e no baixo respectivamente, contava também com os bateristas Artemio e Cláudio Bedenasrki, e de Nelson Sirena no acordeom.
A primeira apresentação do grupo aconteceu em 19 de outubro de 1975, em um matine no salão paroquial de Baliza, e sua apresentação agradou tanto ao público, que ganharam um contrato para tocar um baile no sábado seguinte.
O repertório do Grupo Som Livre era baseado em tangos, baladas, marchas cantadas, jovem guarda, música gaúcha, música folclórica, composto pelas músicas mais tocadas nas rádios, como nos conta o próprio Enori: "cada final de semana as rádios locais tocavam as 10 mais tocadas da semana, a gente gravava; em Porto Alegre na Rádio Farroupilha vinha as 20 mais tocadas da semana; na rádio Clube Paranaense , uma emissora do Paraná vinha as 40 mais tocadas da semana; também tínhamos acesso rádio Tupi, a noite nós sintonizávamos. Então nós estávamos por dentro do que estava rolando a nível nacional, a nível estadual e mesmo a nível local."
Outra forma de influência para Enori, vinhaatravés de outras bandas locais, que ele e outros os membros da banda Som Livre assistiam, das quais podem ser citadas: Os Maratonas, Os Ipanemas, Águias Negras, Os Cometas, Tema de Lara e outros.
Com mudanças na vida dos músicos, em que Moacir Sirena decide tentar a vida em São Paulo, o último baile do conjunto Som Livre aconteceu em 31 de dezembro de 1978, no Rio Toldo, colocando o fim e um momento mágico da vida de Enori, em que as descobertas da música e da vida odefiniu para o resto da vida, mas uma nova etapa estaria para começar, a sua vida acadêmica, pois Enori iniciaria sua faculdade de Estudos Sociais, na antiga Fapes (atualmente URI).
Mas a banda Som Brasil deixa mais que somente memorias, traz também o início do amor com a irmã do baixista (com uma primeira dança em 16 de outubro de 1976) e de uma família (casamento em seis de novembro de 1982), pois começaria um namoro, com sua futura esposa Cleonice Parmegiani, com quem construiria sua família, que seria coroado em 1 de abril de 1983 com o nascimento de seu filho Cleiton Mateus Chiaparini.
Mas o desejo pela música faz com que Enori aceite o convite de seu professor Arnaldo Savegnago, em 1978 para substituí lo no grupo Los Bravos, onde permaneceria até 1981.
Em fevereiro de 1982, recebe o convide de Ireno Wojciekowski para fazer parte do Grupo Musical Los Calientes, que passa a integrá-lo, juntamente como músicos como Altair Soares Vaz, Ignácio Petkovicz Juarez Motta, Mauro Lanfredi, Ademir Savegnago.
Após sua saída do grupo Los Calientes, pela dificuldade em conciliar a música com suas outras atividades (professor 40 horas no município, e mais 20 horas no estado),Enori Chiaparini passaria um determinado tempo afastado dos palcos, retornando somente em 1991, com a Banda Casa das Máquinas, onde permaneceria até 1993. Desta banda faziam parte: Pedro Israel, diretor; Enéas, bateria; Sílvio Chiaparini (irmão de Ernori), na guitarra; Marcos, nos teclados; Ademir Savegnago, teclado; além do próprio Enori Chiaparini, no baixo.
Em 1999, Enori passa a integrar a Banda Aquarius, da qual ainda faziam parte músicos como seu irmão Silvio Chiaparini, na guitarra; Cassiano, nos teclados, Zonocler e seu irmão no sopro, Valmor, na direção; e Giovani Racoski, na Bateria.
Enori Chiaparini parou de tocar em bandas em 2004, e atualmente desenvolve projetos na área de história, deixando a música somente como um Hobby, como ele mesmo nos fala: "se a música tivesse me dado mais tranquilidade, talvez até poderia ter continuado, como uma forma mais essencial, definitiva, completa, uma profissão, digamos sobreviver de música, talvez se ela desse um pouquinho de esperança, eu teria optado pelo chamamento interior, pela alegria, pelo prazer que a música me proporciona, acho que não teria outra profissão que se equivalesse, em realização humana, em alegria, em prazer, em felicidade."
Enori Chiaparini

 

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