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Pastagens favorecem pastoreios

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Por Assessoria de imprensa
Foto Divulgação - assessoria de imprensa

Enquanto evolui a colheita dos principais grãos produzidos no Rio Grande do Sul, cujas estimativas serão divulgadas pela Emater/RS-Ascar durante a Expodireto, que acontece de 6 a 10 de março em Não-Me-Toque, os campos nativos e as pastagens implantadas perenes estão em situação bastante favorável, possibilitando pastoreios com alta carga animal. Já as pastagens anuais de verão, como milheto, capim sudão e sorgo forrageiro, estão encerrando o seu ciclo, sendo poucas as áreas ainda disponíveis para pastejo. Apesar da irregularidade das precipitações em certas localidades, as perspectivas seguem boas.

De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar desta semana, as lavouras de milho para silagem estão com excelente crescimento, entrando na fase de enchimento de grãos, enquanto que as lavouras ensiladas apresentam com muita qualidade e quantidade de grãos. No RS, alguns produtores, preocupados com o vazio forrageiro outonal, já preparam as áreas para semeadura de aveia, e outros optam pelo cultivo de sorgo para a silagem, em uma segunda safra após a ensilagem de milho.

As altas temperaturas estão induzindo ao menor consumo de massa seca, tanto das pastagens quanto das silagens e mesmo no total da dieta diária; nos dias de altas temperaturas, isso provoca perdas de até 20% na produção de leite por animal. Para maior consumo das pastagens em dias muito quentes, o agricultor está manejando o pastoreio dos animais em períodos noturnos, onde se obtém maior consumo de lâminas verdes de pastagens. Esse tipo de manejo resulta em melhor aproveitamento do pasto e, em consequência, o maior consumo de pastagens influencia na diminuição dos custos de produção da alimentação do gado leiteiro. Os rebanhos em geral apresentam boas condições nutricionais e sanitárias.

Grãos

Arroz – O clima da semana foi favorável para lavouras de arroz, com boa luminosidade, apesar de algumas pancadas de chuva. Boa parte dos municípios gaúchos superou a intenção de plantio, aumentando a área semeada com arroz irrigado no Estado. No momento, 42% das lavouras se encontram em granação, 25% estão maduras e por colher e 11% da área estimada já foi colhida. Permanecem as expectativas de ótimas produtividades e produção.

Soja – No momento os agricultores seguem realizando os tratamentos fitossanitários, especialmente para o controle preventivo de doenças fúngicas, como a ferrugem asiática, pois o clima úmido e as temperaturas elevadas favorecem a incidência desse patógeno. Quando necessário, é realizado também o controle de lagartas, usando produtos que preservam inimigos naturais (fisiológicos). Nas Unidades de Referência Técnica (URT), instaladas em propriedades em todas as regiões produtoras do Estado, constata-se uma menor pressão da ferrugem asiática e baixa incidência de lagartas.

As lavouras de soja no Estado apresentam, na sua grande maioria, excelente desenvolvimento e alto potencial produtivo, projetando aumento de produtividade e produção. Atualmente, 13% das áreas foram colhidas, 18% estão maduras e por colher, 45% estão na fase de enchimento de grãos, 19% em floração e 5% em desenvolvimento vegetativo.

Milho - O avanço na colheita da cultura (43%) aponta rendimentos acima dos estimados inicialmente, com casos que se aproximam de 150 sacas/hectare (9 mil kg/ha). Alguns produtores estão realizando a colheita com umidade acima da ideal para atenderem os compromissos de venda futura e entrada de novas culturas. No momento, 43% das lavouras de milho foram colhidas, 26% estão maduras e por colher, 26% estão em enchimento de grãos, e 5% estão em floração e enchimento de grãos.

Feijão – No RS, a colheita da primeira safra só não foi encerrada ainda na região dos Campos de Cima da Serra, situação esta que deverá iniciar em meados de março. As atuais fases majoritárias da cultura são floração e enchimento de grãos. A produtividade dessa região também deverá ser maior do que a média do Estado, em decorrência da tecnologia utilizada nessa área. Nas regiões já colhidas, o produto vem sendo negociado, e de maneira geral é de boa qualidade comercial. Aproximadamente 60% da safra já foram comercializados pelos agricultores. A segunda safra de feijão já está sendo semeada, alcançando os 39% dos cerca de 20 mil hectares estimados inicialmente.

Hortigranjeiros e frutas 

Na região Norte do Alto Uruguai, a produção de tomate está em final de safra, fechando com boa produtividade, tamanho e qualidade do produto, com boas vendas no mercado local. A colheita de pepino para conservas também está praticamente finalizada, com boas produtividades e qualidade.

Os produtores das regiões das Missões e Fronteira Noroeste estão realizando a renovação das hortas, com adubação orgânica, revolvimentos do solo e construção de canteiros, com vistas à implantação de olerícolas da nova estação.  A oferta de hortaliças como cenoura e beterraba foi boa, mas já está no final de colheita; também diminui a oferta de folhosas devido às altas temperaturas.

O período não tem sido favorável para os olericultores cuja produção não está protegida por sombrite. Produtores relatam perdas em função da elevada umidade e forte calor, o que causa a morte das plantas, principalmente da alface, e redução da qualidade do repolho.

Abacaxi - No Litoral Norte, nos municípios produtores de Três Cachoeiras, Terra de Areia, Dom Pedro de Alcântara e Torres estão no pico da colheita da cultura desta safra, que se apresenta diferenciada pelo atraso do ponto de maturação, em função da temperatura fria que avançou nos meses de primavera. Apesar desta situação, a cadeia de comercialização se mantém otimista, pois as praias do Litoral, principal espaço consumidor, continuam bem frequentadas. Os frutos apresentam boa aparência e sabor, dentro do padrão deste nicho de mercado. O preço médio pago ao produtor é de R$ 2,00/fruta, sendo que a grande maioria pratica a venda direta na orla.

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