"Criança, não verás um país como este!"
Gaby Garbin Mársico
Professora aposentada
Este país se chama Brasil (Pindorama, como chamavam os indígenas, seus primeiros habitantes).
Este país, cujo território é quase continental, em que, praticamente, cabem quase todos os países da América do Sul, com suas dimensões que alcançam o hemisfério Norte e o hemisfério Sul.
Brasil riquíssimo em minerais: ouro, ferro, manganês, petróleo, pedras preciosas que, por anos, Portugal levou para sua “alimentação”. Riquíssimo em florestas, fauna, biodiversidade, com espécies só aqui encontradas.
Com todo este potencial atraiu pandilhas deslumbradas com a possibilidade de adonar-se de nossas riquezas. E, com a chegada de um ávido governante que, de posse da chave do prostíbulo, escancarou suas portas. Como um proxeneta sênior, permitiu a entrada dessas pandilhas chegadas de norte a sul oriundas de partidos, de grupos econômicos, de simpatizantes, tornou o nosso país uma grande sociedade, onde tudo se compra, se vende, se ganha, se barganha.
Então, nossa pátria amada, é saqueada, vilependiada, insultada, por essas oligarquias fascistas. Tornou-se um país “governado” por harpias famintas e imorais, onde presidentes e demais políticos são mentirosos em suas campanhas eleitoreiras, permissivos, arrogantes que desafiam as instituições, a Justiça, que ameaçam os poderes instituídos democraticamente, que não admitem seus crimes e se negam a habitar o mundo da decência. Que ameaçam as liberdades individuais de quem é contrário a eles, que conclamam seus asseclas para as “lutas de rua”, que prometem, se no poder novamente, impingir a censura aos meios de comunicação; que possuem um exército particular, que forjaram falsos dossiês para prejudicar concorrentes a cargos eletivos.
Esses políticos (infelizmente brasileiros) pregam a doutrina fascista, que é a concentração do poder em mãos de oligarquias, criando uma autocracia, um governo absoluto, ilimitado e autossuficiente, que, parece, já estar presente e funcionando a todo vapor. E, vergonhosamente, carregamos a pecha de um dos países mais corruptos no cenário internacional.
Esta longa lista de horrores perpetrada por políticos levou nossa pátria amada ao abismo moral, democrático, econômico, tudo que faz uma nação ser respeitada e desenvolvida. É este o país que queremos para nossas crianças e jovens? Este país em que políticos e governantes foram relapsos e omissos com a educação, com a saúde, com a segurança?
Vamos dar um basta a esta ciranda maléfica! Enxotemos, pois, para longe esses coiotes raivosos que ficam uivando para a lua e ignoram a grandeza do mister que é governar pelo bem da nação e do seu povo.
Em tempo: o título é uma frase retirada de poema do Olavo Bilac.