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Blog do Coluna do Leitor

30 de Agosto de 1965 (Parte Um)

Por Coluna do Leitor

Sob este título, Antonio Cortese narra a “tragédia da barragem de Mattmark” (BELLUNESI NEL MONDO, nº 7, Julho/Agosto/2019). Dada a relevância para entendimento do processo migratório italiano/vêneto, sintetizamos em tradução livre:

Entre 1876 e 1976 se expatriaram do Vêneto 3.071.794 pessoas, algo como 13% de toda a população do país transferida ao exterior, no maior percentual da emigração italiana. No interior do Vêneto a província de Belluno constituiu o reservatório de que se abasteceu maiormente a emigração veneta: porquanto sua população gira em torno de 5% da população residente na Região, em alguns anos dela partiu quase a metade dos emigrantes de todo Vêneto. (“Entre 1861 a 1875 não se dispõe de estimativas muito exatas e, portanto, cabe recordar que lá pela metade dos anos setenta do século passado o saldo do movimento migratório com o exterior torna-se positivo”).

Este fluxo de saída concentra-se sobretudo (quase 60%) na assim denominada primeira fase de nossa longa história migratória, que abrange até a Primeira Guerra Mundial. Represado no período entre as duas guerras mundiais, o êxodo retoma no segundo pós-guerra (856.844 ex-patriados). A encabeçar a graduação dos países de acolhimento dos emigrantes vênetos nesta fase desponta a Suíça, o país em que ocorreu o trágico evento que Antonio Cortese se propõe evocar. A tragédia de Mattmark nos leva ao CANTÃO VALLESE, na divisa com a Itália e a França. Já no período de 1890 – 1910, graças à ferrovia, as consequentes perfurações e a hidroeletricidade, o Cantão promoveu sua própria industrialização.

No segundo pós-guerra, portanto, o Vallese usufruiu uma transformação sem precedentes: do final da década de 1940 e até a crise petrolífera dos anos setenta do século passado, conheceu finalmente sua segunda revolução industrial, produzida máxime pelo desenvolvimento do setor hidroelétrico. A contribuição dos estrangeiros foi decisiva: mão de obra a custo baixo estava no local e abundava principalmente na Itália, país do qual a Suíça atraiu no mínimo uns trinta anos após a guerra: tratava-se de emigrantes na maior parte de sem terra na pátria que terminavam na pá e picareta; eram os únicos que aceitavam os horários e condições de trabalho massacrantes e os péssimos e perigosos sistemas de trabalho.

Ernesto Cassol

Prof na URI/Erechim

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