Soft Girls
Em muito pouco tempo estaremos em março, o mês em que celebramos o Dia Internacional da Mulher. E não é que ao ler uma matéria publicada no Jornal Público, de Portugal, sobre as tais soft-girls, lembrei de uma coluna que escrevi em março 2023, em homenagem às mulheres? Foi um texto que acabou por ser alvo de crítica. Mas e o leitor, sabe o que é uma soft-girl?
O conceito
Segundo a matéria, há uma nova tendência entre as jovens, a de serem mulheres que abraçam valores vistos como suaves, como a beleza e a vida familiar, em detrimento de uma carreira. São jovens que optam por serem sustentadas por um namorado ou marido e são vistas pelos mais críticos como uma versão moderna do “perfil dona de casa”. Em países como a Suécia, reconhecido como pioneiro na implementação de políticas de igualdade de gênero, tem se verificado um aumento significativo no número de mulheres que optam por este estilo de vida.
Meu artigo
Quando escrevi que esse “jeito de ser” mulher era marginalizado pelos movimentos feministas, não tardou muito para que eu recebesse algumas críticas, mas também elogios. Na oportunidade, comentei que ser uma “mulher comum” é também um direito das mulheres e, portanto, a liberdade de poder escolher como se quer viver a vida não pode ser objeto de sanção ou rechaço por parte dos movimentos feministas. Afinal, o conceito de “mulher” deve ser inclusivo. Do contrário, se torna excludente. O que dizer, agora, diante das tendências apontarem neste sentido?
Tendências
A humanidade é a grande prova de que a Terra é redonda. O mundo dá suas voltas e os comportamentos que outrora estavam “fora de moda” voltam com força, mudando as perspectivas de muita gente. Para os que, assim como eu, acreditavam na extinção de certas culturas, como a ocidental, é um sopro de esperança. Não quero, todavia, repetir meus erros. Não estou aqui para dizer como as mulheres devem ser. Não. Apenas reforço que a liberdade de poder escolher quem se quer ser é a grande conquista do movimento feminista, mesmo se o “querer” for tão divergente do comportamento das mulheres que têm, na existência feminina, a causa de suas vidas.