
Previsão completa
Na minha percepção, o que a cidade tem de moderno e avançado em termos de infraestrutura urbana foi feito no passado, no início da construção da cidade, de lá para cá bem pouco se avançou
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As três horas da tarde comecei a escrever essa coluna de fim de semana. Quem numa roda de amigos não ouviu que os dias parecem voar ultimamente, e a impressão é de que tudo está passando cada vez mais rápido, e a vida está escorrendo pelas mãos. A rotina está “industrializando a alma” e tudo está ficando muito mecânico.
Não sei como traduzir isso em palavras, é como se os acontecimentos diários andassem em bloco, tombando em conjunto, deglutindo a existência em grandes fatias sem se experimentar e viver o essencial.
Aí vem a pergunta: o que escrever para o leitor nesse momento, com as minhas expectativas todas voltadas para o descanso. A escrita requer certa dose de sofrimento, angústia e indignação, mesmo para quem tem por profissão ser operário das letras.
Vou ser mais objetivo a partir de agora, parar de ziguezaguear e divagar. Não estou na estaca zero, guardei alguns tópicos ao longo da semana para refletir nessas linhas.
Um dos assuntos que me chamou a atenção está relacionado às universidades locais, mais especificamente, a produção de conhecimento que se faz nesses espaços. Quando essa inovação e tecnologia será apropriada, utilizada pelo poder público municipal para criar novos ciclos de desenvolvimento? Será um dia efetivamente usada em prol do bem-estar público?
Cito três exemplos, um deles é o projeto da ciclovia, ciclofaixa, mais ligado a infraestrutura e mobilidade urbana, que em sua essência contribui para a democratização do espaço público e a integração dos modais, mas principalmente, com reflexos ambientais, sociais e humanos.
Mais pessoas pedalando, com segurança é claro, significa menos gente nas UBSs e nos hospitais. Isto é, um estímulo e promoção à saúde e, por consequência, diminuição de gastos nessa área, que é um saco sem fundo para todos os municípios da região Alto Uruguai.
Outro exemplo de projeto concebido nas universidades locais, propõe utilizar o esporte como ferramenta para educar e transmitir valores. Essa é uma abordagem fantástica com muitas aplicações e desdobramentos em todas as fases da vida da pessoa.
É uma ação transformadora e revolucionária, porque educa para a vida com exemplos do dia a dia por meio do esporte, com atividades que podem gerar além de consciência, diversão.
Não posso deixar de citar um outro projeto local, que acho sensacional também, que propõe utilizar a desativada rede ferroviária num VLT (veículo leve sobre trilhos), já que a ferrovia abraça a cidade. Fico só delirando, a pessoa entra no VLT do outro lado da cidade e em poucos minutos estaria no centro de Erechim, sem estresse de trânsito, congestionamentos e muita qualidade de vida.
Erechim é uma cidade industrial, imagino que o VLT poderia ser todo feito aqui, temos uma das maiores montadores de ônibus do país, expertise nas mais diferentes áreas de montagem industrial, isto é, envolveria a cidade em todo esse processo. Essa seria a grande reviravolta, e isso serve também para a implantação da ciclovia. Estou indo longe demais?
Mas o que será desses projetos? Dois deles já foram apresentados ao poder público de Erechim. A sua viabilidade, ou não, depende exclusivamente do ponto de vista que sequer assumir sobre o assunto.
Se a opção do poder público é considerá-los um problema, eles assim serão vistos. Se o entendimento é torná-los algo desnecessário, uma pedra no sapato a ser descartada, é desta maneira que vai ocorrer.
E aqui vai a provocação, a questão é saber por que é assim? Por que não se faz diferente? O que nos impede de considerar esses e outros projetos como sendo relevantes ao município de Erechim e tentar viabilizá-los para o bem-estar da cidade?
Na minha percepção, o que a cidade tem de moderno e avançado em termos de infraestrutura urbana foi feito no passado, no início da construção da cidade, de lá para cá bem pouco se avançou. Foram alguns remendos aqui e ali, mas nada de inovador e com grande impacto público, social e cultural. Aliás, foram muito mais adendos do que feitos.
Por que a tendência é travar, se fechar e ignorar esse conhecimento, essas inovações? O que é preciso fazer para a cidade mudar e voltar a ser empreendedora e arrojada? Será que um dia isso vai mudar?
Não importa o quanto esforço se faça, o quanto seja eficiente nos seus afazeres diários, a roda da economia parou e o reflexo se dá em todos os setores, indistintamente, no indivíduo, nas empresas e no governo.
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