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Rural

Feira do Produtor: espaço será ampliado e pode beneficiar comércio de peixes

Ampliação visa diversificar produtos e eventos. Um dos setores que pode ser beneficiado é a piscicultura. Hoje a venda de peixe é feita de maneira improvisada ao lado da Feira do Produtor

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Novo pavilhão terá 900 metros quadrados de área livre, obra está estimada em R$ 300 mil
Por Ígor Dalla Rosa Müller
Foto Ígor Dalla Rosa Müller

A Semana Santa está aí e a procura por peixe aumenta nessa época do ano. No entanto, o município não tem um espaço adequado para abate e comercialização, que normalmente é realizada ao lado da Feira do Produtor, de maneira improvisada. A falta de estrutura prejudica a venda, o fomento da piscicultura, e acaba desestimulando a profissionalização da atividade, recaindo toda responsabilidade sobre o produtor. Essa situação contribui para diminuição do consumo de peixes ao longo do ano, principalmente, aqueles produzidos em Erechim e região. No entanto, essa situação parece que vai mudar com o projeto de ampliação da Feira do Produtor.

Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico e da Agricultura de Erechim, Altemir José Barp, a situação deve se resolver com a ampliação do espaço da Feira do Produtor. O novo pavilhão será construído entre a feira e o Mercado Popular e terá 900 metros quadrados de área livre. Em 15 dias deve ser aberta a licitação, a obra será feita com recursos próprios da Secretaria da Agricultura e está estimada em R$ 300 mil. “Vocês vão se encantar com o projeto que será realizado”, diz.

Conforme Barp, o objetivo é fazer um pavilhão que possa ser utilizado por muito tempo, permanentemente, e possibilite ampliar e diversificar a oferta de produtos na feira. “Colocando ali a Feira do Livro, artesanato, Feira do Peixe, Festa da Uva, tantos eventos sem gastar mais dinheiro público em aluguel de barracas”, comenta.  

Barp afirma que a meta é deixar pronta a ampliação do espaço para novembro, nesse mesmo mês se pretende fazer a Feira do Artesanato. “Será contemplado outras áreas que precisam de oportunidades para vender diretamente seus produtos ao consumidor”. E, acrescenta, “hoje, o município não tem estrutura adequada”.  

Produtor

O produtor de Erechim, Vonei Kuskoski, o único autorizado a comercializar peixe vivo no município, pergunta se no projeto será contemplado o espaço do peixe, com tanques para colocar os animais, banheiros. Ele afirma que se houvesse um espaço adequado, consumidor, produtor e o município seriam beneficiados. “Inclusive, o cliente poderia sair com o peixe limpo e picado do local”, diz.

Segundo o piscicultor, falta incentivo do poder público, divulgação, promover eventos para aumentar o consumo de peixes. “Olha, por exemplo a cadeia da uva, até pouco tempo se fazia a Festa de Baco, tinha desfile, mas não tem mais”, afirma.  

Ele explica que a comercialização do peixe vivo atrai bastante os consumidores, e que a maioria das pessoas querem buscar o peixe vivo. “Mas poderiam sair dali com ele limpo”, diz. E, acrescenta, “o peixe abatido também tem consumo, tanto é que quem vende lanches, cachorro-quente, xis, está fritando um filé de peixe”, comenta.

Cadeia em desenvolvimento

Segundo o diretor agropecuário da Secretaria de Agricultura de Erechim, Tobias Biazi, a ideia é fazer que mais piscicultores possam comercializar seus peixes nas feiras de Erechim. No entanto, os criadores precisam ter uma certa estrutura e isso requer investimentos. Ele explica que muitos produtores acabam comercializando seus peixes dentro da propriedade, o que facilita a venda.

Segundo Tobias, a produção de peixe no município é informal, cerca de 10 produtores trabalham de forma comercial, porque o peixe é ainda uma fonte secundária de renda. “O objetivo é trabalhar para que essa cadeia se consolide e possa aumentar a renda do agricultor”, afirma.

A boa notícia para a piscicultura, lembra o diretor agropecuário, é que nesse ano foi liberado no Rio Grande do Sul a criação de tilápia, que antes era proibida. “E isso deve trazer reflexos na produção e comercialização”, explica.

Inspetoria Veterinária de Erechim

Segundo a fiscal estadual agropecuária da Seapa - RS em Erechim, Michele Maroso, para o piscicultor colocar o peixe na feira, o procedimento é simples por parte da Inspetoria Veterinária. O produtor e a propriedade precisam estar cadastradas na Inspetoria Veterinária, e é necessário fazer uma guia de trânsito dos peixes tanto na entrada, e posteriormente, na saída da propriedade para o local que será vendido. Michele afirma que para abater o peixe na feira é preciso de um espaço adequado, que não precisa ser grande, mas que também de condições de fazer a limpeza do animal.

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