Os moradores da rua Lucia Edi Bervian Martins, do Bairro Cerâmica, em Erechim, estão cansados de aguardar uma ação, retorno, posicionamento da prefeitura sobre a situação da rua onde residem. Isso porque, já fizeram vários pedidos, protocolos, para que seja refeito parte da via que não tem calçamento. A rua de chão batido fica em frente às residências e, por essas condições, acaba gerando transtornos e problemas aos moradores locais.
A via, em plena área urbana do município, há mais ou menos 15 minutos do centro da cidade, já passou por alterações. Inicialmente, era arborizada e sem saída, em função disso dificultava o recolhimento do lixo, se houvesse algum veículo na rua. Hoje, o movimento é intenso, já que a rua foi interligada com outro bairro, e logo adiante, tem prédios sendo construídos.
Segundo a locadora de brinquedos infláveis, Vanessa de Paris, há 15 anos residindo no local, logo que foi morar no local tinha árvores em frente às casas. “Na época, a prefeitura retirou a vegetação, jogou brita e deixou como está hoje. Eles disseram que iam fazer o calçamento, mas foi ficando e nunca saiu", lembra.
Vanessa afirma que já foi feito um abaixo-assinado e protocolado na prefeitura para resolver a situação. “Do jeito que está, nos dias de sol tem muita poeira, fica horrível, e quando chove, fica um barral. Nosso carro já estragou depois de bater num desses buracos. É bem complicada a situação da rua. Já faz anos que estamos pedindo e não tem retorno”, comenta.
O autônomo, Gilmar Marchetto, que mora há mais de 20 anos no local, conta a situação ruim da rua está assim há bastante tempo. “Já foi feito de tudo e até agora não tivemos nenhuma resposta. Fizemos protocolo na prefeitura, pedimos para esta e a administração passada. Dia de sol é poeira, e dia de chuva é barro”, afirma.
E, acrescenta Marchetto, “queria dizer para o poder público que não adianta vir aqui só na época de eleição, pedir voto, e este ano tem eleição. Daqui um pouco aparecem os milagrosos dizendo que dentro de 30 dias vão concluir o serviço, só que na realidade ninguém faz nada”. Segundo ele, a comunidade está esperando há bastante tempo a finalização da rua.
Segundo o caminhoneiro, Paulo César Picolli, que mora há 27 anos no local, e foi um dos primeiros a vir morar na rua, a situação precária já está assim há bastante tempo. “Antes tinha um arvoredo, a prefeitura veio, abriu a rua, e deixou assim, abandonado, e não teve mais nenhuma solução. Já pedimos um par de vezes pra prefeitura, e não tivemos retorno. Nos dias de sol fica um poeirão e nos dias de chuva barro”, diz.
Picolli comenta que hoje tem muito tráfego durante o dia, porque a rua foi interligada e tem obras no outro bairro. “Antes era uma rua sem saída, depois abriram, o movimento aumentou, é todo dia muitos caminhões”, afirma.
Prefeitura
O Jornal Bom Dia entrou em contato, na manhã de ontem (5) com o secretário de Obras de Erechim, Vinícius Anziliero, e perguntou se havia alguma previsão de trabalho no local. O secretário disse que existe um inquérito civil, e se está apurando o parcelamento da chácara 131. “O proprietário foi notificado, inclusive. Provavelmente, teremos que aguardar o final do inquérito ou então que o proprietário faça a regularização”, disse.