Ter um lugar no bairro que oferece lazer, cultura, educação, um espaço para caminhar, brincar ou, simplesmente, interagir com os vizinhos e a comunidade, faz toda a diferença quando o assunto é qualidade de vida e bem-estar da população. E, esse sempre foi o propósito do Centro de Artes e Esportes Unificados (CEU), localizado no Bairro Progresso em Erechim, hoje denominado Estação Cidadania e Cultura.   

Segundo a diretora de infraestrutura, Sirlei Putton, a Estação Cidadania e Cultura vem passando por uma série de reformas, desde abril. “Muitas ações já foram feitas, obras para corrigir alagamentos, o prédio foi lavado e pintado, interna e externamente, foram trocadas as portas dos banheiros, arrumado e reativado o anfiteatro com toda a aparelhagem do som”, comenta.  

Além disso, acrescenta Sirlei, todos os brinquedos do espaço foram reformados e pintados, a rampa de skate também foi toda refeita, assim como a iluminação de Led, entre outras ações de limpeza e manutenção.   

Projetos

Segundo ela, a estação funciona todo o dia e tem vários projetos em funcionamento, todos realizados com a parceria de voluntários. “Quinta-feira, à tarde, tem o grupo de 25 mulheres que fazem patchwork, crochê e artesanato. Sábado tem jiu-jitsu, e, à tarde, o grupo de taekwondo. Tem também o grupo da terceira idade, na segunda-feira, são 35 idosos que participam de oficinas e danças”, cita. E, acrescenta, “no próximo fim de semana vai iniciar um curso de inglês para crianças e adolescentes”.

Sirlei ressalta que todo dia tem atividades e muita gente frequentando a estação, principalmente, nesse período de férias escolares. “Ao longo do ano também, mas diminui um pouco porque eles estão na escola. Aí o fluxo maior é no fim do dia, as famílias vêm tomar chimarrão e trazem os filhos para brincar”, conta.  

CRAS

A estação também é muita utilizada para realizar os projetos do CRAS. “A partir de agora terá teatro todas as quartas-feiras”, afirma. Há, também, o projeto em andamento para fazer uma nova academia ou reformar todos os equipamentos que já existem. “Isso será em breve porque já estamos com tudo encaminhado”, afirma.

Patinação e balé

Além disso, está em curso o projeto de patinação e balé. “Já temos orçamento para comprar o material, mas não conseguimos voluntários para realizar as aulas, estamos atrás desses profissionais”, comenta.  

Colaborar

Segundo Sirlei, quem quiser ser voluntário e colaborar com os projetos da comunidade pode entrar em contato com Estação Cidadania e Cultura. “Eu oriento para que se faça um protocolo de voluntariado na prefeitura, abra um processo, e a partir disso, o voluntário vem até nós e montamos o projeto”, disse.

Importância social

A Estação Cidadania e Cultura é um lugar muito importante para a comunidade, explica ela, porque virou referência para as famílias, crianças e jovens. “É um espaço muito agradável. Por exemplo, a biblioteca está sempre cheia. A sala de informática tem duas e até três crianças por computador. Precisaríamos de mais computadores e aumentar a sala”, observa.

De acordo com Sirlei, a estação traz algo de bom pra comunidade, uma nova perspectiva para se viver. “Aqui é um ambiente em que as crianças podem vir e ficar tranquilas, brincar, andar de bicicleta, tanto fora quanto dentro, porque sempre tem alguém acompanhado elas. Somos uma equipe com quatro pessoas, mas seria importante que tivéssemos pelo menos mais um monitor na sala de informática para orientar as crianças”, observa.

Poder público

Sirlei ressalta a importância da atual administração pública, que está olhando com atenção a Estação Cidadania e Cultura. “Eles estão ajudando muito, agradecemos ao prefeito, Luiz Francisco Schmidt, e o secretário de Cultura, Leandro Basso, pela força que estão dando para nós”, diz.

Trabalho comunitário

Ela conta que aos sábados um grupo de 10 pessoas colabora com as reformas no local. Eles já ajudaram a pintar a capela mortuária, arrumar as telas da quadra e refazer rebocos. “Fazem tudo que for possível fazer”, diz.

Dedicação  

Segundo Sirlei, ela está ligada ao trabalho social, fora da prefeitura, há cerca de 22 anos, trabalhando como voluntária no Bairro Progresso, sendo que durante 10 anos atuou na Paróquia São Francisco. “Onde fiz um trabalho grande com o Padre Tranquilo”, conta.

Ela conhece bem toda a realidade do bairro, os problemas com a drogadição, inclusive no espaço da estação. Porém, se sente muito feliz e orgulhosa porque com muita conversa e carinho conseguiu mostrar para a comunidade que ali é um espaço de família, frequentado por crianças, mães e idosos. “As mães dizem que agora está bom, e isso faz com que a gente crie mais força pra trabalhar a favor da sociedade”, comenta.  

Mais ações

O objetivo é oferecer mais projetos à comunidade na Estação Cidadania e Cultura. “Quanto mais projetos tivermos, melhor será para a população do bairro. E, todos que quiserem ser voluntários serão bem-vindos, a gente receberá de braços abertos, porque estão se doando para comunidade”, ressalta.