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Bairros

Erechim: “movimento de pessoas e não da comunidade”

Afirma presidente da UAME, Zé da Cruz, em relação a um grupo de representantes de bairro que querem se desfiliar da entidade. “Nesta época, sempre tem movimentos políticos”

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Grupo é formado por representantes dos Bairros Progresso, Cristo Rei, São Cristóvão e São Vicente de
“Já me manifestei, há quatro anos, que esperava outro grupo assumir a UAME, mas como não tinha ningu
Por Ígor Dalla Rosa Müller
Foto Arquivo BD

Representantes de associações de moradores de Erechim se reuniram, na noite de terça-feira (14), para deliberar sobre a desfiliação da União das Associações de Moradores de Erechim (UAME) e criação de nova entidade de representação municipal. O grupo é formado por integrantes dos Bairros Progresso, Cristo Rei, São Cristóvão e São Vicente de Paula. Segundo eles, além de decidir sobre a desfiliação da UAME irão buscar mais associações de moradores e, ainda no mês de abril, devem oficializar e regularizar a entidade que se chamará União de Associações Sociais e de Moradores de Erechim (UASE).

Contraponto da UAME

Segundo o presidente da União das Associações de Moradores de Erechim (UAME), José da Cruz, que atua há quase 30 com trabalho comunitário, desde 1991, quando foi fundada a associação, a proposta de desfiliação é um movimento de pessoas e não da comunidade.

Em dia

“Para essas quatro associações Bairro Progresso, Cristo Rei, São Cristóvão e São Vicente de Paula pedirem a desfiliação da UAME, elas têm que estar em dia com a diretoria, com seus mandatos”, disse. E, acrescenta, “essas associações não têm direção, ou seja, elas não têm presidente da associação, de fato e de direito”.

Somente em assembleia

Zé da Cruz afirma que neste momento essas associações não podem se desligar da UAME porque, “primeiro, precisam fazer uma assembleia com os associados do bairro, ter 1/5 dos associados assinando a desfiliação, ou seja, não pode ser decidido por somente uma pessoa, e legalmente essas associações estão sem direção. Para se desligar precisam passar por um processo legal, caso contrário não tem como se desfiliar”.

Regularização

Ele explica que ainda não foi feito o processo de regularização, legalização, das associações, em função do novo Código Civil brasileiro, porque são muito grandes as exigências para se registrar as entidades.

Movimentos isolados

“De fato, são movimentos de pessoas e não da comunidade de modo geral. Esse é um movimento muito pequeno ante as 36 associações filiadas a UAME”, disse.

À disposição

O presidente da UAME comenta que a entidade está fornecendo a lista dos presidentes de associações de moradores para empresas, entidades, comunidade, que estão ajudando, neste momento. Ao fornecer os contatos, comenta Zé da Cruz, ele mostra quais são os bairros mais carentes do município.  

Político

“Nesta época, sempre tem movimentos políticos, de pessoas e não da comunidade”, afirma. E, acrescenta, “a parte burocrática é muito grande, e fizemos tudo dentro das leis, fora isso não tem como fazer”.

Sugestão

Zé da Cruz observa que chegou a orientar um dos representantes para que aguardem o fim do mandato da atual direção da UAME, que termina no dia 15 de outubro, e se apresentem como candidatos para concorrer à presidência da entidade. “Já me manifestei, há quatro anos, que esperava outro grupo assumir a UAME, mas como não tinha ninguém acabei assumindo. O movimento comunitário em Erechim morreu, e é necessário que seja fomentado para que as pessoas busquem melhor qualidade de vida, no seu território, bairro, comunidade”, ressalta.  

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