O status de pandemia do novo coronavírus (covid-19) permanece no mundo todo e, também, em Erechim. Assim como, o decreto público de distanciamento social, que orienta a população a manter uma distância segura e usar máscara. No entanto, não é o que está ocorrendo nos altos da avenida Maurício Cardoso e em diferentes bairros do município. Segundo a Associação do Bairro Ipiranga e São Caetano a realidade é outra: muita aglomeração e desordem.
Em função desta situação, no último sábado (3), a Associação do Bairro Ipiranga e Bairro São Caetano (localizados no alto do Viaduto Rubem Berta), por meio do seu presidente, Clóvis Ricardo Pandolfi, reuniram diversos moradores na igreja das Irmãs Franciscanas, localizada na rua Polônia, para tratar dessa problemática. Na ocasião, foram respeitadas todas as medidas de prevenção e distanciamento devido à pandemia.
Não é de hoje
Segundo a associação, há muito tempo os moradores destes bairros enfrentam problemas com algazarras, depredações de suas moradias entre tantos outros infortúnios que parecem ter sido agravados neste período de pandemia.
Pandolfi afirma que foram muitas as tentativas da associação em solicitar junto aos órgãos competentes o cumprimento das Leis Federais Nº 9.503/97 e Nº 3.688/41, que tratam da proibição de uso de equipamentos de som e perturbação do sossego alheio, entre outros assuntos pertinentes. Bem como a lei de proibição de circulação de veículos de carga com pesagem acima de 10 toneladas pelas ruas dos bairros.
Os moradores contam que é muito comum nos finais de semana, mesmo em época de pandemia, não ser possível dormir devido às caixas de som instaladas nos canteiros das vias públicas. “Local onde a aglomeração acontece com muita bebida, resultando em brigas e gritarias noite adentro”, afirma.
Comércio
Conforme Pandolfi, na reunião também estiveram presentes proprietários dos bares localizados na via principal do Bairro Ipiranga (avenida Maurício Cardoso), que estão em comum acordo com os moradores do bairro de que as aglomerações e desordem pública acabam por prejudicar os seus próprios negócios.
Outros problemas
Além da aglomeração de pessoas, som alto, alarido e algazarra, os problemas não param por aí. Ele explica que a aglomeração de pessoas, que permanecem nos canteiros, após o fechamento dos bares, atraem rachas de motos e carros, bem como a utilização das residências do bairro como banheiro público.
“Constata-se que após alguns meses em que as pessoas deixaram de circular devido à pandemia ficou ainda maior a necessidade de sair e de estar na rua, o que agravou ainda mais um problema já existente”, observa.
Lei proibindo
O presidente da associação comenta que Erechim não é a única cidade que enfrenta este tipo de situação, já que na vizinha Passo Fundo, há poucos dias, entrou em vigor Lei Municipal que proíbe consumo de bebidas alcoólicas em lugares públicos (ruas, praças, canteiros). A decisão foi motivada após abaixo-assinado e denúncias de moradores e comerciantes feitas ao Ministério Público.
“Em nossa cidade muitas ações estão sendo organizadas entre os moradores dos Bairros Ipiranga e São Caetano para solucionar estes problemas da melhor forma possível. Já está em andamento um abaixo-assinado denominado ‘Paz, harmonia e sossego para o Bairro Ipiranga e São Caetano’, no qual seus moradores (todos pagadores de impostos) solicitam aos órgãos competentes que se façam cumprir as Leis Federais existentes”, ressalta.
Normas sanitárias
O Comitê Regional de Atenção ao Coronavírus orienta a população a usar máscara de proteção individual e de evitar a aglomeração de pessoas, prevalecendo a medida preconizada de “Distanciamento Social” (1,5 a 2,0 metros entre as pessoas).
Higiene
Além disso, o Comitê Regional recomenda com máximo rigor as ações de prevenção como higienização correta das mãos com água e sabão; utilização de álcool gel; não compartilhar talheres, copos e toalhas; ao tossir ou espirrar cobrir o nariz com lenço ou espirrar no braço; evitar levar as mãos não higienizadas na boca, nariz e olhos, conforme orientações do Ministério da Saúde e das autoridades de saúde.
Restrição social
O Comitê também reitera a posição de “Restrição Social” para idosos e portadores de doenças pré-estabelecidas, que se enquadram no grupo de risco e que segundo as estatísticas poderão ter um agravamento do quadro clínico se forem infectados.