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Mundo

Fome cresce mundialmente e se agrava com a Guerra da Ucrânia

Em Erechim, Pasta da Assistência Social faz sua parte com diversas ações sociais

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Por Carlos Silveira
Foto Banco de fotos

 O mundo está em constante transformação social, econômica, tecnológica e política, e com estas mudanças surgem, desde o início da humanidade, sérios problemas que vem se arrastando por milênios e que, pelo menos a curto e médio prazo, não tem data para terminar. Entre os piores está a fome, pois sem comida não há força humana nem psicológica que leva alguém a ter uma vida normal e saudável.

Para se ter uma ideia, relatório da ONU garante que a fome cresce no mundo e já atinge 9,8% da população mundial e cerca de 2,3 bilhões de pessoas, ou seja, 29,3% da população estavam em insegurança alimentar moderada ou grave, já no ano de 2021, conforme relatório de 2022.

 O relatório Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo aponta ainda que o número de pessoas afetadas pela fome em todo o mundo subiu para 828 milhões em 2021, uma alta de cerca de 46 milhões desde 2020 e 150 milhões desde o início da pandemia de Covid-19.

 De acordo com os dados apresentados, a proporção de pessoas afetadas pela fome vinha praticamente inalterada desde 2015, próxima de 8% da população global. Com a crise de saúde e a guerra na Ucrânia, o número saltou nos últimos anos e agora já afeta 9,8% das pessoas no mundo. Maioria das 140 milhões de pessoas que sofrem de fome aguda em todo o mundo está concentrada em 10 países

Privação alimentar

 Segundo a escala de insegurança alimentar, a fome é definida como “privação alimentar”. Já insegurança alimentar moderada é quando as pessoas enfrentam incertezas sobre sua capacidade de obter alimentos e foram forçadas a reduzir a qualidade ou quantidade de alimentos. A insegurança alimentar severa é quando as pessoas ficam sem comida por um ou mais dias.

 Os resultados do relatório também apontam que quase 924 milhões de pessoas, ou 11,7% da população global, enfrentaram insegurança alimentar em níveis graves, um aumento de 207 milhões em dois anos.

Preço dos alimentos

Segundo a publicação, quase 3,1 bilhões de pessoas não podiam pagar uma dieta saudável em 2020, 112 milhões a mais que em 2019, refletindo os efeitos da inflação nos preços dos alimentos ao consumidor decorrentes dos impactos econômicos da pandemia de Covid-19.

 A estimativa apresentada no relatório é que 45 milhões de crianças menores de cinco anos sofriam definhamento, a forma mais mortal de desnutrição, o que aumenta o risco de morte das crianças em até 12 vezes.

 Além disso, 149 milhões de crianças com menos de cinco anos tiveram crescimento e desenvolvimento atrofiados devido à falta crônica de nutrientes essenciais em suas dietas, enquanto 39 milhões estavam acima do peso.

Brasil

 De acordo com o 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, encomendado pela Penssan ao Instituto Vox Populi, o Brasil tem hoje 33 milhões de famintos, o que representa 15,5% da população. Quando se levam em conta também as pessoas que não têm garantia de que conseguirão comer todos os dias, consideradas em situação de insegurança alimentar leve ou moderada, o total chega a 125,2 milhões, ou 59% da população.

 

Erechim

Em Erechim, de acordo com a secretária da Assistência Social, Clarice Moraes, a situação é bastante diferente, pois não existem índices de que alguém esteja passando fome ou esteja privado de alimentação.

 O que garante essa certeza, são as 2.463 famílias ativas inscritas junto à Pasta que recebem atenção e assistência de cestas básicas.

De janeiro a março de 2022 foram 2.425 entre ticket’s e cesta básica, já a partir do mês de abril a Secretaria de Assistência Social, iniciou o processo de repasse de ticket alimentação, oferecendo aos usuários a autonomia e independência para poder comprar aquilo do qual necessitam. De janeiro a março 2023 foram 2.060 ticket’s

Com relação ao Abrigo Cidadão, no que se refere as refeições (café, almoço, janta), Clarice lembra que a cozinha central produz toda a alimentação que é ofertada aos usuários, sendo a média é 10 a 15 abrigados diariamente. De janeiro a março de 2022 foram 8.994, já de janeiro a março deste ano foram 6.251. O valor do ticket é de R$158,40

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