12°C
Erechim,RS
Previsão completa
0°C
Erechim,RS
Previsão completa

Publicidade

Mundo

Erechinense relata momentos de apreensão em meio aos ataques em Israel

Entrevista exclusiva com Gabriela Szuchman, brasileira que reside em Tel Aviv

teste
Destruição em larga escala. Míssil disparado pelo Hamas atingiu prédio próximo à residência da erech
Destruição em larga escala. Míssil disparado pelo Hamas atingiu prédio próximo à residência da erech
"Sou extremamente apaixonada por Israel, pela cultura israelense, pelo povo israelense e pela qualid
Por Salus Loch
Foto Gabriela Szuchman,/Especial BD

A cidade de Tel Aviv, conhecida por sua vibrante vida noturna e alta tecnologia, encontra-se em meio a uma situação de tensão, tristeza e medo devido aos ataques recentes na região, protagonizados pelo Hamas. No total, a ação já causou mais de 1,6 mil mortes em Israel e na Faixa de Gaza.

Neste contexto, conversei com a erechinense Gabriela Szuchman, 28, que reside em Tel Aviv há oito anos e compartilhou informações do local. A jovem foi a Israel em busca de novas oportunidades, tendo embarcado inicialmente em uma carreira na alta tecnologia israelense. Há dois anos, decidiu empreender e abriu seu próprio bar em Tel Aviv, chamado Hamashbir. Hoje, Gabriela vive entre os dois mundos, mantendo sua carreira na área de alta tecnologia e gerenciando seu negócio.

 

Paixão por Israel

"Sou extremamente apaixonada por Israel, pela cultura israelense, pelo povo israelense e pela qualidade de vida", afirma Gabriela, destacando o profundo carinho que desenvolveu pelo país ao longo dos anos.

No entanto, a rotina tranquila de Gabriela foi abruptamente interrompida quando os ataques começaram no sábado, 7 de outubro. Ela conta que o primeiro sinal foi uma sirene que tocou em Tel Aviv às 6h da manhã. "Estava dormindo e acordei com a sirene", relata. Infelizmente, seu apartamento não possui bunkers de proteção – o que a fez buscar abrigo na sala de sua casa, afastando-se de vidros e objetos que poderiam quebrar.

A partir desse momento, Gabriela começou a acompanhar as notícias e logo percebeu a gravidade da situação. Sua primeira reação foi entrar em contato com amigos para garantir que estavam seguros (alguns estavam numa “rave” próximo à Faixa de Gaza – local onde mais de 240 pessoas foram assassinadas pelo Hamas. Uma ex-colega de ensino médio de Gabriela estava no local, e segue desaparecida).

 

Confinamento

Nesta segunda-feira, 9, Gabriela revela que a população de Tel Aviv e de outras áreas afetadas pelos ataques está praticamente confinada em suas casas. Todos os negócios estão fechados, e a orientação das autoridades é que as pessoas permaneçam em casa e armazenem comida e água suficientes para pelo menos 72 horas. "Não é seguro sair de casa", adverte Gabriela, citando as instruções do Home Front Command.

 

Incertezas

"Obviamente, esperamos pela paz. Esperamos por um cessar-fogo que não prejudique nenhum dos lados envolvidos, mas é incerto o que acontecerá daqui para frente", observa Gabriela.

Quando questionada sobre a possibilidade de deixar Israel temporariamente devido à preocupação de sua família e amigos no Brasil, Gabriela respondeu que tentou entrar em contato com a embaixada brasileira, mas enfrentou dificuldades. "Eles estão dando prioridade aos turistas brasileiros e não aos brasileiros com cidadania israelense, que é o meu caso", lamenta.

Neste momento de apreensão em Tel Aviv, Gabriela Szuchman e muitos outros residentes locais esperam que a paz prevaleça, permitindo que todos possam retomar suas vidas normais e superar essa fase difícil.

Leia também

Publicidade

Blog dos Colunistas