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Vitélio Brustolin destaca o papel dos EUA no conflito Israel e Hamas

Pesquisador ressalta a importância do Domo de Ferro financiado pelos americanos

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Dromo de ferro em ação
Por Carlos Silveira
Foto Foto Ilustrativa

Desde que o Hamas atacou Israel e colocou o mundo em choque devido a dimensão do ataque terrorista que já resulta em milhares de mortos dos dois lados, o professor e pesquisador erechinense Vitélio Brustolin, como tem feito com relação a Guerra na Ucrânia, faz uma análise diária sobre os conflitos, mas, numa reflexão sobre os dois temas, o que realmente um tem a ver com o outro, e qual o papel dos estados Unidos, seja economicamente ou como fornecedor de armas.

De acordo com Vitélio Brustolin que é pesquisador da Universidade de Harvard, professor adjunto da Universidade de Colúmbia e professor da Universidade Federal Fluminense ensinando Direito Internacional, Estudos Estratégicos e Governança Global, a questão da Guerra na Ucrânia é mais especulativa pois interessa a Rússia dividir os Estados Unidos, ou seja, a pressão dos Estados Unidos que já era visível com relação à Coréia do Norte e os testes dos seus mísseis.

Agora, pontua Vitélio, existe a questão de Israel, ou seja, o Domo de Ferro, que é o sistema interceptador de mísseis desenvolvido por Israel e Estados Unidos e financiado pelo dinheiro americano.

“Cada míssel interceptado pelo Domo de Ferro custa sessenta mil dólares, ou seja, cerca de 300 mil reais. Os Estados Unidos estão mandando mais ajuda para Israel neste momento, entre armas e um porta aviões, inclusive por Joe Biden não ter priorizado o Oriente Médio. O dinheiro para a Ucrânia está de difícil aprovação pelo Congresso americano que ao mesmo tempo não podem perder esta guerra, contra os interesses nacionais”.

A Europa, garante ele, teria que se armar sozinha, combater a expansão da Rússia e a China poderia crescer a partir da derrota dos Estados Unidos. “Biden afirma que não existe a opção da derrota”, ressalta.

 Vitélio assegura que o Hamas tem uma estratégia porque a operação dos terroristas cometidas nos últimos dias levou meses para ser planejada, ou seja, reunir foguetes e todo o aparato para a ofensiva pois os líderes afirmam que usaram mais de cinco mil contra Israel, que por sua vez fala em 2500, quando do início do conflito.

 Existe a questão de como estes foguetes chegaram, ou seja, muitos por via marítima e outros pela fronteira entre a Faixa de Gaza, Israel e Egito. “Existe a questão de como eles foram produzidos, já que há muito contrabando de equipamentos pela via marítima, o bloqueio de Israel não estaria sendo eficiente e o uso dos túneis que vão de Gaza até o Egito”

 Vitélio ressalta que existe uma estratégia de planejamento e que o Hamas esperava que haveria uma resposta muito mais forte de Israel, e é justamente este o problema, pois as pessoas vão passar a analisar a proporcionalidade da resposta. “O bombardeio à faixa a de Gaza e a incursão de soldados por Israel é averbada pelos Estados unidos, que deve ser seguida por um derramamento de sangue, pois existem reféns, a incursão em áreas urbanas é muito complexa e existem francos atiradores. Tudo isso está sendo observado no mundo e o Hamas consegue realizar a sua estratégia de chamar a atenção, mas não consegue grupos para agregar a sua causa. A resposta de Israel vem sendo observada pelo mundo todo”, garante.

O que é o Domo de Ferro?

 É um sistema antiaéreo criado pelas empresas israelenses Rafael Advanced Defense Systems e Israel Aerospace Industries, com apoio técnico e financeiro dos Estados Unidos. Foi criado em 2011 para derrubar foguetes e mísseis de curto alcance disparados de Gaza. Tem dois sistemas separados, conhecidos como a Flecha e a Funda de David, desenhados para ataques de médio e longo alcance.

 O Iron Dome conta com um sistema de radar capaz de prever se o foguete tem uma trajetória com risco de atingir uma área povoado ou alvos de infraestrutura. Os interceptadores são disparados de unidades móveis ou estáticas e são desenhados para explodir os foguetes no ar.

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