Se existe algo que fica na mente de uma pessoa durante toda a sua vida, com certeza é a memória, ou seja, as lembranças de algo que aconteceu no percurso da vida e que está lá, como um selo, como uma cicatriz do bem onde se quer, sempre, fazer mais e melhor.
E é assim que os membros do Grupo Noéis Erechim Off rood se sentem há mais de trinta anos fazendo o bem, não importando para quem, mas fazendo do melhor para garantir que pessoas tenham um melhor Natal, seja na cidade ou no interior, mas principalmente as entidades sociais que mais precisam a presença do velho e bom Noel para lhes dar suspiro e força de vontade para irem mais além.
O Grupo surgiu no ano de 1989, idealizado por Altair Bordignhon que sentia a necessidade de haver uma retribuição do ano que passou, mas principalmente ir nas trilhas quando da realização ou treinamento dos enduros no interior de Erechim. “Naquele ano foi um grupo de sete pessoas e, como a ideia deu resultado, munca mais parou. Já são 33 anos de uma atividade que, no princípio era para ser realizada no interior, mas que passou a ser realizada na zona urbana também”, lembra Moacir Bergonci, que faz parte desde a sua idealização.
Fazem 15 anos em que o grupo concentra-se mais em atividades na cidade, oportunidade em que vão até as instituições que procuram para abrilhantar as festividades de Natal e levar alegria a todos que fazem parte. Neste ano já estiveram no acendimento das luzes do Comando da Polícia Rodoviária Estadual na RS 135, na ADEVE (Associação dos Deficientes Visuais de Erechim) e no Patronato Agrícola São José.
Nestes anos todos, foram vários os natais, mas alguns marcaram significativamente o grupo, a exemplo do primeiro, pois marca mais as ações sociais onde são levados alimentos e outros utensílios para os mais necessitados. “Segundo o grupo que esteve presente, na época, o que mais deixou lembranças foi o de 1989 onde uma senhora de quase 90 anos teria dito que aquela era a primeira vez que tinha visto a figura do Papai Noel. Na época era uma seca muito grande, no dia de Natal choveu e uma semana após a visita ela veio a falecer”.
Para Moacir, o que mais marca nas visitas são as pessoas que sofrem com alguma deficiência e se deparam com a figura do Noel, a exemplo de uma menina com deficiência visual que queria sentir a textura da barba do Papai Noel e outro menino queria ouvir o ronco de uma moto. “Ações que marcaram muito todos os participantes do grupo e sempre incentivam a fazer mais e para mais pessoas, ou seja, não parar nunca, pois dá uma sensação de dever cumprido e que estamos fazendo o bem”, garante.
Na véspera de Natal o grupo sai pela cidade, momento em que distribui balas que são patrocinadas por uma empresa local. “Vamos em todos os bairros levando balas, pirulitos e muito amor a todos, um trabalho que só para após a meia noite”, finaliza.