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Especial

“Falar de Erechim é falar da minha identidade”

A erechinense, Emily Arcego carrega o sotaque, a cultura e a educação da cidade junto consigo

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Emily Arcego, 34 anos
Por Emerson Carniel
Foto Arquivo pessoal

Você pode até sair de Erechim, mas Erechim não sai de você. A professora de inglês e tradutora, Emily Arcego, 34 anos, carrega consigo o sotaque erechinense, os aprendizados e as memórias por onde passa. “Falar de Erechim é falar da minha identidade. Onde quer que eu vá carrego comigo o sotaque marcado e a pergunta: Você sabia que minha cidade natal é uma das únicas cidades planejadas do Brasil, com o traçado positivista de Paris e Buenos Aires?”

Diferenças

Atualmente, Emily mora em Florianópolis/SC. Ela deixou a Capital da Amizade em 2017 para cursar seu Mestrado em Tradução. Hoje ainda continua em terras catarinenses e participa como doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução e é professora de Inglês e Português para estrangeiros no curso Extracurricular da Universidade Federal de Santa Catarina. 

“Embora Florianópolis seja uma cidade com muitas opções de praias e opções de lazer, a locomoção é difícil e demorada e com isso, fica difícil frequentar o comércio central. Outro ponto que posso mencionar, é a dificuldade de fazer laços com as pessoas, uma vez que há muita rotatividade de gente, de tempo em tempo, meu círculo de amizade muda”, explicou a tradutora.

Saudade

Esses pontos desfavoráveis fazem Emily sentir saudade de casa, da família e da proximidade entre locais. “Sinto falta da cordialidade das pessoas, da gastronomia de alta qualidade e da comodidade de ter as opções de comércio e serviços de saúde próximos”.

Encanto

Emily sempre foi encantada pela arquitetura erechinense e pelas caminhadas nas ruas arborizadas. “Gostava muito de caminhar pelas ruas e admirar a arquitetura e ser contemplada com encontros casuais de pessoas queridas. Ademais, as opções de restaurantes, padarias e bares sempre foi um ponto forte, onde passei muitos momentos marcantes”.

Lembrança

Entre as notáveis ocasiões, a formatura da graduação enche o coração de Emily de bons sentimentos. “Foi em Erechim que iniciei minha carreira docente e tive oportunidades de trabalho para alçar novos voos, o que me permitiu estudar no exterior e dar sequência à vida acadêmica em novos programas de pós-graduação”.

Vontade de voltar

A professora encontra conforto onde tem reciprocidade. A saudade da terra onde nasceu e foi criada é minimizada pelo propósito profissional. “Nessa cidade foi onde eu recebi a educação e o apoio da minha família para seguir os meus sonhos, vivenciei memórias afetivas da cultura italiana no berço familiar e aprendi a ter humildade para levar comigo sempre um sorriso no rosto”.

Apesar de estar longe do lugar em que guarda carinhosas recordações, Emily não esquece o que passou e cita o hino nativista erechinense para ilustrar quais são suas verdadeiras origens. “Como diz a música dos Monarcas: “Vai levar no coração uma saudade e a vontade de voltar pro Erechim”. Sempre que posso volto para rever minha família, amigos e recordar momentos tão importantes da minha trajetória”.

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