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Especial

“Hospitalidade, cordialidade e gentileza estão presentes nas pessoas”

Keila Baldissera ouvia essas mesmas características quando seus colegas da região da Serra Gaúcha comentavam sobre os erechinenses

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Keila Baldissera, 36 anos
Por Emerson Carniel
Foto Arquivo pessoal

Dois anos e cinco meses resumidos em saudade. A professora, Keila Cristina da Rosa Baldissera, 36 anos, perdeu as contas de quantas vezes retornou de Bento Gonçalves, onde trabalhava, para Erechim, cantando a música “Erechim, história e canto”, de Os Monarcas. “Eu e minhas colegas vínhamos em caravanas para cá todos os finais de semana”.

Outros planos

A ideia inicial sempre foi estar próxima da família e permanecer na Capital da Amizade. Porém, seus planos precisaram ser adaptados. “Em 2010 passei em um concurso público do IFRS e quando fui chamada a assumir a vaga disponível era para Bento Gonçalves, todas aqui de Erechim já haviam sido preenchidas. Quando tomei posse, já havia muita gente daqui trabalhando lá, ou seja, havia fila no edital de remoção e, portanto, eu não tinha expectativa de retorno breve”.

Estar perto de quem ama

Keila cogitou permanecer na Serra Gaúcha, mas estar próximo de quem ama foi o combustível para que conseguisse tentando retornar ao Alto Uruguai. “Minha remoção saiu em primeiro de abril de 2013. Parecia mentira mesmo que aquele dia finalmente havia chegado. Eu sempre quis que meu filho crescesse no convívio dos avós, dos dindos, dos primos e tios, e todos eles moram aqui”.

Primeiros moradores do Atlântico

A professora é natural de Concórdia/SC e veio ainda criança para a Capital da Amizade. A infância de Keila foi com seus pais e dois irmãos no Bairro Atlântico. “Ele ainda estava surgindo, para ter uma ideia fomos os terceiros moradores daquele bairro. Lembro que no dia que nos mudamos não tinha nem água encanada ainda, a gente ia buscar na fonte. Quem vê esse bairro hoje, grande, super valorizado, com praticamente nenhum terreno desabitado, com ligação direta com o distrito industrial e outros tantos bairros, nem imagina como ele era lá no início”.

Tempo livre com a família

Um dos fatores que Keila valoriza na cidade é a tranquilidade, o acolhimento oferecido pelos moradores e a capacidade de poder estar com a família durante as refeições. “A hospitalidade das pessoas, a cordialidade e gentileza que estão presentes na maior parte delas. Isso eu ouvi muito enquanto estive trabalhando em Bento, acho que é característico da nossa região. Uma coisa que pode parecer tola para alguns, mas que para mim faz muito sentido, é poder almoçar em casa, eu valorizo muito isso, esses minutos que mesmo quando corridos, são valiosos no nosso dia em família”.

Local preferido

Ao lado do marido, Mateus, e seu filho, Lucas, de quatro anos, Keila aproveita os momentos livres no Seminário. “Costumamos levar o Lucas andar de bicicleta ou patinete, tomamos um chimarrão, comemos uma pipoca. Às vezes, eu vou sozinha para dar uma caminhada. Sem dúvidas é nosso local público preferido”.

Mistura de sentimentos

Erechim representa uma mistura de sentimentos que a docente não sabe responder de forma objetiva. “Foi aqui que cresci, estudei e que minhas memórias de infância foram construídas. Onde tive meu primeiro emprego, passei no vestibular, no meu primeiro concurso (que sempre foi um grande sonho) e foi pra cá que voltei assim que pude”. 

Se os planos não tomarem novos rumos, será em terras erechinenses onde Keila pretende permanecer e criar seu filho.

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