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Política

Um pouco da história política de Erechim e os movimentos dos partidos

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Desde 1977 Erechim teve apenas cinco prefeitos. Destes, quatro – Luiz Schmidt, Eloi Zanella, Antônio
Por Rodrigo Finardi
Foto Rodrigo Finardi/Arquivo

As eleições municipais estão se aproximando. A partir de 20 de julho (faltam 42 dias) abre o período das convenções partidárias que irá definir os candidatos à prefeito, vice, e as nominatas para vereador de cada partido. A data limite para as indicações é 5 de agosto, e os partidos não tem muito tempo para apresentarem algo novo.

Para analisar o atual momento político em Erechim, vou lembrar um pouco da história, que reporta ao final do século passado, que mostra o comportamento do eleitor conforme o movimento das siglas, bem como a força dos partidos de direita, centro e esquerda., que sempre tiveram balizados em nomes e não em ideologias partidárias (exceto raros casos).

 

1992 – Antônio Dexheimer

Antônio Dexheimer (MDB) que tinha como vice-prefeito Luiz Francisco Schmidt (PDT), venceu com 50,17% dos votos válidos. Em segundo, ficou Narciso Paludo (PFL) com 39,56% e em terceiro Waldomiro Fioravante (PT) com 10,26%. 

 

1996 – Luiz Francisco Schmidt

Em 1996, sem reeleição, Dexheimer não apoiou seu vice Schmidt e sim Jandir Santolin (MDB). Schmidt deixou a prefeitura e no apagar das luzes colocou o PT de vice com Clodomiro Fioravante, e venceu o pleito com 35,44%. Com alguns meses de governo, por problemas internos Schmidt pediu que o PT deixasse a prefeitura. Jandir Santolin (MDB) ficou em 2º lugar com 32,46% e em terceiro, Luiz Antônio Tirello (PTB) com 30,74%.

 

2000 – Eloi João Zanella

Em 2000, depois de governar sem vice, Schmidt foi a reeleição. Num primeiro momento era para ser seu vice Luiz Tirello (PTB), mas de última hora, o partido deixou o governo e Schmidt buscou Antônio Dexheimer (MDB), para ser vice, ele que não o tinha apoiado quatro anos antes. Foi quando Eloi Zanella (PP) voltou para Erechim e teve como vice Luiz Tirello (PTB). Venceram com 36,83%. Schmidt (que tinha apoio de sete partidos) fez 32,12%. E em terceiro ficou Waldomiro Fioravante (PT), com 16,33%.

 

2004 – Eloi João Zanella

Em 2004, Eloi Zanella fez suspense até a última hora, para dizer que iria à reeleição. E na certeza, que a direita tem no mínimo 30% cativo dos votos de Erechim, sua indecisão acabou criando três chapas de oposição: Antônio Dexheimer (MDB), Luiz Schmidt (agora no PPS) e Élio Spanhol (que era do PT e numa prévia interna histórica, venceu Ivar Pavan, com todo seu poderio político). Não deu outra, Zanella conquistou seu quarto mandato, novamente com Tirello (PTB de vice). Fez 34,76% dos votos válidos. Schmidt ficou em segundo lugar com 26,79%. Dexheimer em terceiro com 26,64%. E Spanhol (PT), fez 11,81%.

 

2008 – Paulo Polis

Em 2008, Tirello (PTB), concorreu a prefeito com Eni Scandolara (PP) de vice. Foi quando apareceu um novato, Paulo Polis (que era vereador do PT, o mais votado em 2004) e numa união com o MDB venceu as eleições.  Polis fez 40,30%. Tirello ficou em segundo com 35,92%. Em terceiro apareceu Luiz Schmidt, agora no DEM, com 23,78%.

 

2012 – Paulo Polis

Em 2012, Polis (PT) e Ana (MDB) foram à reeleição e venceram José Rodolfo Mantovani (PP) com Vinícius Anziliero (PSDB) de vice, com larga vantagem. Foi uma eleição com apenas duas candidaturas.   Polis e Ana fizeram 64,83%. E Mantovani e Anziliero fizeram 35,17%.

 

2016 – Luiz Schmidt

Em 2016, numa eleição histórica, três ex-prefeitos se uniram, para tirar o grupo que estava oito anos na prefeitura. De um mesmo lado, até então impensável, Luiz Schmidt (agora no PSDB), Antonio Dexheimer (agora no PSD, mas não apoiou os candidatos de seu partido) e Eloi Zanella (PP). E de vice Marcos Lando (PDT), que conseguiu de última hora, fazer com que o candidato a prefeito do partido, Ernani Mello (PDT), desistisse da disputa.

Aberta as urnas, 12 votos de diferença (0,02%). Schmidt (PSDB) fez 23.819 votos (39,82%) e Ana Oliveira (MDB) fez 23.807 votos (39,80%). Em terceiro ficou Flávio Tirello (PSB) com 12.190 votos (20,38%).

 

2020 – Paulo Polis

Em 2020, uma situação inversa se observou nos movimentos políticos, A oposição se organizou antes da situação. Dois candidatos naturais à prefeitura – Paulo Polis (MDB) e Flavio Tirello (PSB) se unem, com apoio dos Republicanos (Ernani Mello), impossibilitando o lançamento de uma terceira candidatura de oposição (muitas vezes com apoio da situação), para que a situação buscasse os 30%, cativo dos votos. Quatro candidatos concorreram. Polis (MDB) venceu com 58,46% dos votos válidos, superando o então vice-prefeito Marcos Lando, do PDT, com 17,54%; Tiago The Police, do PRTB, com 14,75%; e Cláudio Pagliosa, do PL, com 9,24%.

 

2024 – Quem será?

Até o momento são três candidaturas postas: Polis (MDB) e Flávio Tirello (PSDB) irão à reeleição. O PT terá como candidato à prefeito, Anacleto Zanella e como vice, André Jucoski (PDT). Uma terceira candidatura, que deve ser anunciada em breve, é Ernani Mello (PL), para prefeito e Renan Soccol (Progressistas) para vice, com apoio do Podemos do ex-prefeito Luiz Schmidt. Pode ainda, pintar uma quarta candidatura, com Anax Pezzin (Republicanos).

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