O segundo mês após as enchentes históricas no RS, o estado segue penando em busca de se recuperar. Tanto é que em junho, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), divulgados na última terça-feira, mostra que a economia levará um tempo para se recuperar, e foram fechadas 8.569 vagas de empregos com carteira assinada (contratou 108.299 trabalhadores e demitiu 116.868). Melhor que o mês de maio, 1º mês pós enchente pesquisado quando fecharam 22.180 postos de trabalho. No acumulado de dois meses já são 30.749 vagas a menos.
Um longo caminho a percorrer
E a tendência é que esses números possam continuar negativo nos próximos meses, pois centenas de empresas nem reabriram suas portas, e teremos um longo caminho a percorrer. Irá demorar, para voltarmos ao normal, até recuperar as vagas que estão sendo fechadas.
39.345 trabalhadores na formalidade
E Erechim, que em maio havia fechado 120 vagas, se recupera em junho, abrindo 42 postos de trabalho na formalidade, com destaque para os serviços. Foram 1.646 admissões com 1.604 desligamentos. E no acumulado do primeiro semestre de 2024, são 847 postos com carteira assinada, criados em todos os segmentos da economia. Atualmente Erechim mantém 39.345 trabalhadores com carteira assinada.
Situação de alguns municípios gaúchos
Veja a seguir, os resultados em municípios que foram bastante atingidos pelas enchentes:
Porto Alegre: fechou 1.178 postos de trabalho.
Canoas: fechou 906 postos de trabalho.
Santa Cruz do Sul: fechou 1.245 postos de trabalho.
Nova Hamburgo: abriu 14 postos de trabalho.
São Leopoldo: fechou 306 postos de trabalho.
Lajeado: fechou 119 postos de trabalho.
Estrela: fechou 89 postos de trabalho.
Pelotas: fechou 78 postos de trabalho.
Bento Gonçalves: fechou 7 postos de trabalho.
Caxias do Sul: abriu 47 postos de trabalho.
Indústria: revés em dois meses consecutivos
Em junho a indústria sofreu o segundo revés consecutivo. Em maio tinha fechado 108 vagas e agora em junho outros 15 postos de trabalho. Foram 564 contratações e 579 demissões. Mas segue com bons números no primeiro semestre. Já contratou 311 trabalhadores e ocupa a segunda posição entre os segmentos pesquisados. Na geração de empregos é quem mais tem trabalhadores na formalidade, com 15.590 postos de trabalho.
Serviços: quem mais gerou vagas no ano
É a segunda força de trabalho em Erechim, e mantém na formalidade, com carteira assinada 13.213 trabalhadores. Pelo segundo mês consecutivo, mantém números positivos. Criou 88 vagas em maio e em junho mais 45 (544 contratações e 499 demissões). No primeiro semestre é o segmento que mais contratou em Erechim, com 420 novas vagas (3899 admissões e 3479 desligamentos).
Construção: recuperação em junho
Depois de fechar 59 postos de trabalho em maio, voltou a contratar em junho. São 9 novas vagas, com 104 contratações e 95 demissões. Atualmente mantém na formalidade 1.797 trabalhadores com carteira assinada. No ano registra 70 novas vagas e aparece em terceiro lugar geral.
Comércio: saldo zero no mês
Em junho, teve um mês estagnado, com saldo zero, já que contratou 421 pessoas e demitiu outras 421. Melhor que maio, quando fechou 38 postos. É um setor importante para a economia loca, já que mantém 8.433 trabalhadores na formalidade. Em 2024, no primeiro semestre é responsável por 42 novos postos de trabalho.
Agropecuária
É um segmento que não representa muito nos números finais na geração de empregos com carteira assinada em Erechim. Atualmente mantem 213 trabalhadores na formalidade. Em maio fechou três vagas e agora em junho voltou a contratar. São três novas vagas