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Rural

O passaporte do Brasil para o mercado de carnes

Veja o que diz o diretor comercial de mercado externo da Aurora Coop, Dilvo Casagranda e do gerente de assistência técnica da Alfa, Alex Diogo De Marco

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A produção das três principais carnes do Brasil deve chegar a 30,88 milhões de toneladas em 2024.jp
Médico veterinário e diretor comercial de mercado externo da Aurora Coop, Dilvo Casagranda.jpg
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Por Assessoria
Foto Divulgação

O celeiro da produção agrícola e pecuária. O Brasil está entre os maiores produtores e exportadores de grãos no mundo. Esse reconhecimento também se estende para o mercado de carnes. O Brasil é líder global em exportação de carne bovina e de frango e, em breve, pode se tornar o terceiro maior exportador de carne suína. “O Brasil tem sido expoente na exportação de carnes; o celeiro no fornecimento de alimentos para o mundo”, destaca o diretor comercial de mercado externo da Aurora Coop, Dilvo Casagranda.

 

A produção das três principais carnes do Brasil (bovina, suína e de frango) deve chegar a 30,88 milhões de toneladas em 2024. O volume representa crescimento de 3,9% se comparado com 2023. As exportações também devem crescer em torno de 6,5%, projetadas em 9,85 milhões de toneladas, conforme dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). 

 

A Conab estima que, em 2024, as exportações de carne bovina devem ficar em torno de 3,5 milhões de toneladas, acréscimo de 15,7%. Também é esperada uma maior exportação da carne suína, com volume de 1,29 milhão de toneladas, 6,6% superior. Já para a avicultura de corte as exportações devem ter uma ligeira alta de 0,9%, se mantendo um pouco acima de 5 milhões de toneladas.
 

O médico veterinário e diretor comercial de mercado externo da Aurora Coop, Dilvo Casagranda, afirma que o mercado nacional e internacional de carnes está equilibrado em relação a oferta e demanda. Além disso, com a acomodação dos preços dos cereais, milho e soja, o custo de produção para suínos e aves está estável. “Isso faz com que a atividade de produção de carnes seja rentável e continue positiva para o segmento, pelo restante do ano”, afirma.

 

Nos últimos anos, a Aurora Coop ampliou as exportações, sendo que, atualmente, a cooperativa exporta 2.300 containers/carretas por mês. O grande crescimento das exportações levou a uma participação de 37% do faturamento da Aurora Coop. “É um crescimento sólido e, nós da Aurora, Alfa e associados temos a oportunidade de participar desse crescimento”, destaca o diretor comercial de mercado externo.

 

Graças aos rigorosos protocolos de biosseguridade, os produtos brasileiros da cadeia de proteína animal conquistaram o mercado mundial, por isso, Casagranda reforça a importância dos cuidados sanitários para que o Brasil esteja apto a exportar. “Continuem cuidando da sanidade, pois é o nosso passaporte para bater na porta de qualquer local no mundo. Felizmente somos um país reconhecido nisso. Temos que manter todo o cuidado e seguir as orientações técnicas para preservarmos a sanidade do nosso rebanho”, frisa.

 

Conforme dados da Aurora Coop, se hoje estivessem suspensas as exportações de carnes de suínos e de aves, muitos associados de cooperativas teriam que fechar suas granjas e parar sua atividade. Além de que, o mercado interno não absorveria esse volume de produção. “Portanto, é relativamente significativo o prejuízo no bloqueio das exportações”, alerta Casagranda.

 

O gerente de assistência técnica da Cooperalfa, Alex Diogo De Marco, explica que o foco é manter o status sanitário que o Brasil possui, principalmente no que se refere a lista de patógenos prioritários da Organização Mundial de Saúde (OMS). “O que podemos fazer em nível de propriedade, vem sendo repetido a longa data, principalmente no sentido de proteger a integração de possibilidades de contaminação. A biosseguridade, emissão de GTA´s, não permissão de entrada de pessoas que não tem vínculo com a produção em granjas e fazendas, cuidados com fômites (equipamentos, roupas, seringas, etc.), são de extrema importância e devem ser levados a sério por todos os que estão na cadeia produtiva”, destaca o gerente.
Casagranda reforça o compromisso de toda a cadeia em manter o alto padrão e a excelência na produção de carnes. “Temos toda a condição de produzir com sustentabilidade, seguindo os conceitos técnicos de produção e o mercado espera isso do Brasil. Temos que aproveitar essa oportunidade que está batendo na nossa porta. Tenho certeza que continuaremos crescendo e, com sustentabilidade, vamos alimentar o mundo e solidificar as exportações brasileiras”, frisa. 

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