Hoje, dia 13 de dezembro, comemora-se o “Dia Nacional da Pessoa com Deficiência Visual”. A data existe desde 1961 e foi criada com o intuito de combater o preconceito e a discriminação, além de buscar a garantia de direitos e a inclusão das pessoas com deficiência visual na sociedade. Antes chamado de o “Dia do Cego”, a data mudou de nome porque a deficiência visual não se trata apenas de cegueira, mas também de baixa visão. No Brasil, de acordo com o Censo 2010 (IBGE), há cerca de 6,5 milhões de pessoas com deficiência visual.
A deficiência visual pode ser definida como a perda total ou parcial da visão e pode ser congênita ou adquirida.
Cegueira
É o termo usado para a perda total de visão, o que leva a pessoa a necessitar do Sistema Braille ou de sistemas que verbalizam textos em computadores e celulares para a comunicação de leitura e escrita.
Baixa visão
É o termo usado para a pessoa que tem sua função visual comprometida, mas que usa ou é potencialmente capaz de usar a visão para executar algumas tarefas. Seu resíduo visual lhe permite ler impressos com o auxílio de recursos de tecnologia assistiva, como letras ampliadas, lupas e ampliadores de tela, por exemplo.
Pessoas com miopia, astigmatismo ou hipermetropia, que podem ter a visão corrigida por meio do uso de lentes ou cirurgias, não são consideradas pessoas com deficiência visual.
Cão-guia
A Lei n° 11.126/2005 é clara: a pessoa com deficiência visual usuária de cão-guia tem o direito de ingressar e permanecer com o animal em todos os locais públicos ou privados de uso coletivo, o que inclui restaurantes, táxis, ônibus, supermercados, etc.
O cão-guia tem a responsabilidade de guiar a pessoa com deficiência visual para qualquer lugar, sendo treinado para desempenhar com precisão o seu trabalho e garantir a segurança do seu dono.
Apesar de serem super fofos e muito dóceis, não se deve brincar ou fazer carinho em um cão-guia e muito menos oferecer qualquer petisco a ele. Lembre-se que ele está trabalhando e nada deve distrai-lo!
ADEVE
Com uma trajetória de 12 anos, a Associação dos Deficientes Visuais de Erechim (ADEVE) é uma referência não só na cidade, mas também nos municípios vizinhos. Sua atuação visa cultivar a autonomia e independência daqueles que a frequentam.
A tecnologia tem ajudado as pessoas com deficiência a terem possibilidades de inclusão, mas ainda há um longo caminho a percorrer. Uma alternativa para a ADEVE é o ensino de Braille, ministrado pela professora voluntária, Angela Malicheski, que atende crianças e adolescentes em idade escolar que não recebem o devido auxílio nas escolas.
De acordo com relatos, a disponibilidade do material didático em de Braille é um problema, ele vem para as escolas, mas sempre tempo depois dos livros convencionais, gerando atraso para o aluno que necessita fazer uso dele
INCLUSÃO
Após algumas mobilizações, a ADEVE, conseguiu empregar algumas pessoas com baixa visão no mercado de trabalho, mas o processo ainda é longo