Temos muitos problemas nas calçadas do centro de Erechim
Obviamente a função de um fiscal é fiscalizar irregularidades. No serviço público seja municipal, estadual e nacional há muitos cargos de fiscais, seja da saúde, meio ambiente, de obras, da fazenda, de trânsito, entre outros. Sua função é identificar irregularidades na sua atividade fim, emitir notificação, e até autuação. A pergunta que se faz: alguém viu um fiscal por aí?
Em nossa cidade de Erechim nos deparamos com muitos problemas nas vias de acesso, seja nas ruas e avenidas, nas calçadas, no meio fio, nos canteiros, nas praças e logradouros públicos. Deixemos as ruas e avenidas de lado, e falemos da reclamação sobre as calçadas, meio fio, boca de lobos, canteiros laterais, praças e logradouros.
Se andarem pelo centro da cidade, vão encontrar calçadas construídas com os mais diversos materiais. Temos calçadas de brita, paralelepípedos, cimento, lajes, lajotas, paver. Até se encontra diferentes tipos de calçadas na mesma quadra.
O grande problema é que muitos trechos de calçadas estão com seu revestimento quebrado, irregular, e até faltando material. Onde há obras, normalmente a calçada está destruída, e se o transeunte quer passar, tem que desviar e ir pela rua (Ex.: Rua Euclides da Cunha, uma quadra abaixo do Sicredi). Pior fica nos dias de chuva. Tem que ficar atento e olhando onde se vai pisar, pois poderá ocorrer de levar um jato de água com barro sobre o sapato ou na barra das calças. Outra questão, e para quem tem o hábito de caminhar nas ruas e avenidas, deve estar atento para não pisar em falso nos buracos ou tropicar numa lajota ou laje de pedra que esta solta ou se sobressai do piso. Há poucos dias atrás, “vi uma senhora levar aquele tombo na frente da Droga Raia na Avenida Sete, próxima da URI, e em frente ao Posto Tradição. Esfolou braços e cotovelos ao cair, levantou e ficou atônita vendo tanta lajota quebrada devido ao estacionamento em frente da farmácia. Obviamente, exclamou seu descontentamento comigo, “pago imposto para que, será que não tem fiscal para ver esta irregularidade”. Foi aí que surgiu a ideia de escrever o tema.
Soma-se outros sérios problemas. Em muitos locais, as árvores da calçada foram cortadas há mais de três anos, e até hoje não repostas pela Secretaria de Meio Ambiente (Ex.: na Avenida Sete, em frente da antiga sede do DAER; do Santuário e próxima da URI). No quadrilátero onde havia as árvores, cresceu capim e inços, que tem quase um metro de altura. Da mesma forma, há parte de quadras no centro onde o capim vegeta entre as lajes, paralelepípedos, na beira dos muros. Há canteiros de flores que fazem parte do ajardinamento de ruas e praças, mas as flores sazonais foram retiradas, ou secaram, ou foram “roubadas”, e não foram mais repostas. Só resta a terra nua.
Outro sério problema, é caminhar à tardinha e a noite nas calçadas do centro até o Santuário, ou para o lado contrário, do centro até o belvedere. Neste período é o horário da caminhada e em certos casos, também o passeio dos cachorros, que costumam fazer “coco” sobre a calçada, e fazer “pipi” no canto dos prédios das esquinas ou na porta das lojas. Com este calorão o cheirinho é forte! Tem pessoas que levam os cachorros e não recolhem o “coco”, e muitos caminhantes ou transeuntes desapercebidamente pisam sobre o estrume. Só percebem quando chegam em casa, e aquele cheirinho estranho e ruim exala no ar. Será que esta questão não é um problema de saúde pública? Nunca vi fiscal coibindo estes abusos, e sequer distribuindo folders ou cartilhas para alertar a população!
Nesta semana, noticia-se a restauração dos canteiros centrais da Avenida Sete para refazer os ladrilhos históricos de Erechim. Além, de melhorias paisagísticas. Elogiável iniciativa. Vale lembrar que na administração anterior do atual prefeito, restauração semelhante ocorreu na Praça da Bandeira, no seu entorno e em frente à Prefeitura. Lembro bem, que qualquer um poderia ver que não estavam sendo bem colocados, e nunca se viu um fiscal conferindo as obras. Seis meses após, os ladrilhos começaram a se soltar. Hoje poderão ver buracos na Praça da Bandeira, falta de muitos ladrilhos, e certamente deverá ser realizado novo trabalho de conserto. Da mesma forma ocorreu na Praça Daltro Filho, que ficou sem inauguração porque não foi concluída a tempo pela administração. Os passeios foram construídos com material e acabamento de péssima qualidade. Logo tiveram que refazer o malfeito.
Quanto recurso público mal administrado, gasto duplamente de forma desnecessária. Certamente, se tivesse fiscal nas obras isto não ocorreria.
O problema é a falta de fiscal ou a administração pública que não coloca os fiscais na rua para exercer sua função? Fiscalizar pode trazer desgaste para a administração, seja o prefeito ou os secretários municipais.
Sabem quem é o maior fiscal da Administração Pública ou do Poder Executivo? Os vereadores, que são eleitos pelo povo, para serem seus representantes, seus olhos e ouvidos. Contudo, será que o relatado acima passa desapercebido pelos nossos representantes do Poder Legislativo, ou são da base do governo e não podem e não devem levar problemas ao Executivo, e/ou não tem qualquer preocupação com tais questões?