Acidentes de trânsito representam a oitava causa das mortes no mundo; nas Américas, são a segunda principal causa de morte
A Organização Mundial da Saúde - OMS - já enquadra a insegurança no trânsito como um problema de saúde pública. Segundo dados da Organização, anualmente morrem cerca de 1,24 milhão de pessoas (quase 3.400 mortes diárias) e até 50 milhões ficam feridas em decorrência de acidentes no trânsito.
No Brasil as estatísticas oficiais mostram um expressivo número de mortes em acidentes de trânsito. Para enfrentar o problema, é preciso conscientização
geral, posturas, ações e políticas públicas que interrompam o crescimento da fatalidade e ao mesmo tempo reduzam os índices. Com esta visão do plano geral, da situação e das necessidades, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) definiu para esta Semana Nacional de Trânsito o tema que convoca toda a sociedade brasileira a refletir sobre o assunto: Seja você a mudança no trânsito.
Autarquia ligada ao Ministério dos Transportes, o DNIT faz parte do SNT - Sistema Nacional de Trânsito - e integra a campanha, chamando os usuários dos 55 mil quilômetros de rodovias federais sob sua jurisdição para a conscientização
necessária e urgente. Afinal, são as nossas ações (entes públicos, privados e todos os cidadãos) que podem mudar o nosso destino.
O contexto atual - A frota de veículos no Brasil aumentou de 69,4 milhões para 85,7 milhões no período de cinco anos, uma alta da ordem de 35%. Segundo os dados da Polícia Rodoviária Federal - PRF, nos últimos quatro anos, houve uma redução de 4,8% no número de acidentes com vítimas fatais (F) nas rodovias federais.
Os registros feitos pela PRF indicam também, nesse mesmo período, a redução em diversas situações medidas. No total de acidentes com vítimas não fatais - atropelamento de pedestres (P), nota-se a redução de 22,2% (foram 3.714 em 2010 e 2.891 em 2014). O número de acidentes sem vítima (D), segundo os mesmos registros, foi de 113.119 em 2010, para 98.287 em 2014. Uma diminuição de 13,1%. O número de acidentes com vítimas não fatais – exceto atropelamento de pedestres (V)- no entanto, não apresentou redução. Foram 58.557 acidentes em 2010 e 59.551 em 2014. O aumento foi 1,7%.
Esses registros são usados para calcular o índice de severidade nas rodovias federais, proposto pelo Denatran – Departamento Nacional de Trânsito – para identificação, análise e tratamento de pontos críticos. Esse Índice de Severidade aponta para o período 2010 a 2014, a redução de 4,4%.