A sessão do tribunal do júri que estava marcada para ocorrer nesta quinta-feira (09) no Fórum de Erechim foi cancelada, pela ausência do juiz Marcos Luiz Agostini. De acordo com a assessoria, o magistrado foi convocado pela Corregedoria-Geral da Justiça para participar de curso na cidade de Porto Alegre dias 09 e 10 de novembro. O julgamento do réu Maurício Machado dos Santos Correia (24), que atualmente esta recolhido no Presídio Estadual de Erechim, dever depor em 2018.
O crime julgado
De acordo com a denúncia do Ministério Público, o réu, é acusado de homicídio qualificado. O crime ocorreu no dia 07 de agosto de 2014, no Bairro Presidente Vargas, em Erechim. Segundo a acusação Maurício teria feito o uso de uma faca para matar a vítima Loeri Rodrigues, ocasionando-lhe as lesões no pulmão esquerdo, causando a morte por anemia aguda.
O acusado em juízo assumiu o crime e disse que teria efetuado os goles em legitima defesa, pois Loeri teria proibido o réu de ver sua filha e retirar a mesma da casa de sua ex-companheira. "Me jogou contra a mesa onde estava a faca, eu peguei e dei umas duas nele e não vi mais o que aconteceu," disse Machado durante interrogatório, diante do juíz Dr. Marcos Luís Agostini. Segundo a acusação o crime foi cometido, também, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, não lhe permitindo a adoção de qualquer gesto defensivo.
A defesa
A defesa requereu a absolvição sumária do réu, alegando legítima defesa. Subsidiariamente, requereu sejam afastadas as qualificadoras descritas na denúncia.
No mês de novembro a 1° vara criminal de Erechim, julgará mais três casos de homicídio qualificado.
Juri especial
Nos dias 20 a 22 a comarca irá realizar pela primeira vez um jurí federal. A 2ª Vara Federal de Erechim irá julgar os oito índios, são acusados de terem matado outros indígenas em um conflito que ocorreu em março de 2015, na aldeia Passo Grande Rio Forquilham, que fica localizada entre Sananduva e Cacique Doble.
Os réus os réus Aderli de Paula (24), Jonas Sales (21), Maurício de Paula (23), Rosane da Silva (35), além de Adelir Pedro Paulo (35), Edinho Peni Felix (29), Imacir Caetano Chaves (45) e Miqueias da Silva (21), são acusados de terem matado dois indígenas durante a tentativa de ocupação. São acusados também de outras sete tentativas de homicídio. As vítimas no confronto foram os indígenas Roberto Carlos Machado dos Santos e o líder do ataque Jonas da Silva.
A defesa dos acusados será realizada pelos advogados da Fundação Nacional do Índio (Funai). A sessão será presidida pelo Juiz Federal Joel Luis Borsuk. A acusação será feita pelo Ministério Público Federal.
*Colaborado por Davi Matinelli