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Rural

Momento de alerta e monitoramento das lavouras de soja

Focos de ferrugem asiática já foram notificados no Estado

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Lavoura de soja 2 Sertão 2017.jpg
Por Rosa Liberman - rosa@jornalbomdia.com.br
Foto Divulgação Emater

A soja ocupa no Alto Uruguai 236.480 mil hectares e toda área já foi semeada. As lavouras estão em fase de desenvolvimento, mas o momento é preocupante porque foram notificados quatro focos de ferrugem asiática. Nenhum deles foi na região, porém, não impede a ocorrência. Diante disso, técnicos da Emater estão orientando os produtores para o monitoramento constante.

De acordo com o agrônomo Nilton Cipriano de Souza, é preciso ficar em alerta, pois caso surja o foco é necessário fazer o tratamento na época recomendada. “A ferrugem começa a aparecer na fase de desenvolvimento vegetativo e causa danos em toda a planta, podendo vir a dizimar toda lavoura conforme a intensidade do ataque. Por isso é imprescindível o monitoramento e a aplicação indicada, porque se passar do momento adequado não haverá controle efetivo”, explica.

O fungo ocorre nas primeiras folhas bem debaixo. Cipriano salienta que o produtor deve controlar a ferrugem neste estágio, antes das folhas fecharem a fileira, porque depois elas crescem e a aplicação do fungicida não vai atingir as primeiras folhas, ou seja, não vai conter a doença em sua totalidade. O período certo é em torno de 45 dias após a germinação da planta.

A ferrugem é um fungo e se prolifera devido às condições do clima e também através do hospedeiro em plantas que ficam na lavoura de um ano para o outro. “A soja guaxa que resta nas áreas, ali começa a infecção. Como não tivemos inverno rigoroso, geadas que matassem essa soja, estão surgindo focos e causa a preocupação”.

Além do problema da ferrugem, o agrônomo comenta a influência do fenômeno La Niña nas culturas de verão. Ele já está atuando e deve predominar até o fim do verão, segundo o observador meteorológico da Embrapa Trigo, Ivegndonei Sampaio. Explica ainda que a atual situação de temperatura da superfície do mar no pacífico equatorial aponta para a permanência de evento La Niña de intensidade moderada para o restante da primavera e do verão. Desta forma, as chuvas devem ficar dentro da média em dezembro e abaixo do esperado nos meses de janeiro (159,3mm) e fevereiro (134mm).

Cipriano ressalta que seu reflexo nas culturas vai depender da intensidade de onde ocorrer os veranicos. Como a soja é mais rústica, acaba sendo mais tolerante a falta de umidade. Ao contrário do milho, que é mais sensível com a escassez de chuva. Entretanto, no Alto Uruguai, a maior parte das lavouras são plantadas no cedo e, segundo Cipriano, não deverá causar impactos negativos devido a sua fase de desenvolvimento.

O cereal ocupa nesta safra 30.830 hectares e o desenvolvimento vegetativo é considerado bom. 50% da área está na fase de enchimento de grãos, com uma parte madura por colher. A colheita na região inicia em janeiro.

 

Mercado

Com relação aos preços, a safra passada da soja está sendo comercializada em R$ 65 a saca de 60 quilos. Para a safra futura, a partir de março de 2018, a saca está cotada em R$ 70.

O milho, em função de mercado especulativo, não há perspectiva de movimentação. No momento está na faixa de R$ 26 a saca.

 

 

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