Eles fizeram parte da história de muita gente, cada um com seu modelo, tamanho e cor. Os rádios, vitrolas e televisores antigos são uma paixão do professor erechinense, Jorge Popelnitski, que tem mais de 400 aparelhos em seu acervo.
Ele explica que o carinho e paixão por colecionar os equipamentos veio do pai. “Após ele sair do quartel, ele foi morar na Europa e fez um curso de eletrônica, na década de 1950, quando retornou ao Brasil começou a trabalhar nesta área concertando rádios. Eu era pequeno e vi aquelas ferramentas e comecei a mexer, lembrou do cheirinho do breu de quando estavam soldando algo. E partir daí comecei estudar, em 1981 fiz meu primeiro curso de eletrônica e 2005 comecei a colecionar”, explica Popelniski.
O acervo hoje repartido em três espaços, têm segundo ele como destino, um futuro museu. “Meu objetivo é concertar todos e futuramente coloca-los em exposição, para que as pessoas passam saber como era aquele tempo, como funcionava e até mesmo quanto custava um aparelho destes”, relata o colecionador.
Popelniski, que viaja muito para outras cidades, onde garimpa aparelhos e peças antigas, tudo com objetivo de restaurar os aparelhos, faz um pedido a comunidade em geral, com abertura da campanha de recolhimento de lixo eletrônico. “Quem não quiser mais estes aparelhos ou então quiser ver eles guardados de uma forma especial, por favor me liguem, por que as vezes de três rádios, conseguimos peças para fazer um voltar a funcionar na forma original e podemos resgatar essa história”, destaca.
Algumas Relíquias
Entre os aparelhos muitas histórias e modelos famosos, como um rádio modelo ABC Voz de Ouro, que ficou famoso no cinema, com o filme 2 filhos de Francisco, onde o pai da dupla Sertaneja Zezé de Camargo e Luciano tinha um identifico.
Logo do lado outro rádio, o modelo Uruguai guarda muitas histórias de família. Segundo o colecionador, antigo proprietário contava que seu avô ouvi através de aparelho a seleção do país ser campeã mundial de futebol em 1950. Outra relíquia por aqui são as válvulas, são elas as responsáveis por fazer funcionar estes aparelhos, um tesouro guardado com muito carinho. “Quando eu vou concertar faço uma verdadeira imersão, fotografo tudo, uso os mesmos aparelhos que eram utilizados na época para se concertar, tudo para manter os detalhes históricos de cada peça”, finaliza o colecionador.