A chuva forte que caiu durante a madrugada de domingo (27) em Santana do Livramento e a mata fechada, estão dificultando as buscas pelo erechinense Anderson Pieniak, 29 anos, que desapareceu na região de Estância São Roberto, no início da tarde de sábado.
Pieniak participava de uma caçada a javalis, junto com outras nove pessoas, e junto com um amigo teria se embrenhado na floresta em busca de um dos animais, mas seu colega considerou a área muito fechada e retornou, ele prosseguiu e não foi mais visto.
Após o desaparecimento, o grupo acionou a Brigada Militar, que iniciou as buscas no mesmo dia, mas nada foi encontrado. No domingo, a procura ganhou reforço da Patrulha Rural e do Pelotão Ambiental da BM, e como o rapaz estaria usando um colete de cor laranja, foram utilizados três drones. Cães farejadores da polícia de Rivera, no Uruguai, também estão sendo utilizados e nesta segunda-feira os trabalhos ganharam reforço de soldados do exército e do Corpo de Bombeiros. A família do rapaz, que é casado e pai de dois filhos, também está no município auxiliando nas buscas.
Na manhã de hoje o cachorro que acompanhava Pieniak teria sido encontrado por equipes de buscas e estaria sem ferimentos.
No momento do desaparecimento, o erechinense estaria carregando uma arma, um GPS e uma mochila e segundo a equipe, acredita-se que ele tenha caído ou fraturado algum membro, o que teria impossibilitado sua locomoção.
Os trabalhos são coordenados pelo comandante do 2º RPmon, coronel Otero, que em entrevista ao jornal A Plateia, que acompanha o caso, pediu tranquilidade e disse que uma grande equipe está trabalhando nas buscas, incluindo também pessoas da comunidade, com alto conhecimento de caça e treinamento.
O comandante disse ainda que a chuva na madrugada de domingo, prejudicou os trabalhos, apagando rastros ou pistas que levem a uma rápida localização de Pieniak, contudo, coronel Otero está confiante no trabalho da equipe e no sucesso da operação.
O jornal de Santana do Livramento, A Plateia, explicou que a proliferação de javalis é considerada uma praga nos campos da região, trazendo diversos prejuízos aos produtores, que contratam caçadores licenciados para realizar o controle dos animais.