Este ano, as turmas de primeiro ano de ensino médio, da Escola Helvética, estão executando projetos de revitalização da horta a partir da educação ambiental, aulas ministradas pelas professoras Taíse Martins, de Biologia, e Jéssica da Rosa, de Química. O programa da horta existe há um tempo na instituição e já ganhou duas premiações referentes ao projeto no Fórum do Meio Ambiente. Outros professores também trabalham e orientam as atividades na horta são Coriolanu Oliveira Bento Thill e João Batista Debastiani.
“Trabalhamos com os alunos o conceito do que é o meio ambiente como uma forma de reflexão para que eles entendam quando se trata de meio ambiente não falamos somente das árvores, dos rios, das florestas, e sim de todos os espaços, como a sala de aula, as nossas casas, a cidade que frequentamos, tudo isso é o meio ambiente. Então, realizamos essa atividade extracurricular saindo da sala de aula, indo para a horta e ali temos todos os conhecimentos da química, da física, da biologia, questões de socialização, desenvolvimento de habilidades socioemocionais, ali conseguimos trabalhar de forma interdisciplinar e transdisciplinar também. Saímos da sala de aula e conseguimos trabalhar todos os conteúdos, um exemplo na química, é trabalharmos o pH do solo, nas atividades de plantio entram as disciplinas de Biologia, é um projeto integrado com a horta escolar”, relata a Professora Jéssica da Rosa.
Quando se fala em interdisciplinaridade é a possibilidade de reunir duas ou mais disciplinas na realização de uma tarefa, é encontrar em uma atividade assuntos interligados e isso é possível na prática das ações feitas na horta escolar.
Minhocário
“Temos o minhocário, quando começa o ano letivo nós o reativamos montando um cronograma para que cada semana uma turma fique responsável por levar a matéria orgânica para o local. Eles aprendem como funciona e a finalidade de ter essa relação com a horta, buscamos também o protagonismo desses alunos para que eles percebam o que fazem e porque é importante”, conta a Professora Taíse Martins.
Os resíduos orgânicos são retirados da cozinha da escola e levados para o minhocário, onde o material é misturado até se tornar um potencial adubo orgânico. Além de ser uma ótima alternativa para auxiliar no crescimento das plantas na horta é também uma forma de reduzir resíduos dando um destino correto para o lixo orgânico.
Pluviômetro
Os estudantes confeccionaram um pluviômetro com uma garrafa pet e um régua para poder fazer o controle da chuva, a partir da ideia lançada às escolas da rede estadual pela Professora da URI, Sônia Beatris Balvedi, coordenadora do Fórum do Meio Ambiente. O aluno Vinicius Alexandre Cancian Farikoski que produziu o pluviômetro.
“Estamos juntando os resíduos orgânicos da cozinha e levando para o minhocário para fazer o rodízio de adubo próprio da escola, deixamos um tempo lá, depois misturamos o material e trazemos o adubo para a horta. Elaboramos um pluviômetro para termos uma medida aproximada da quantidade de chuvas”, menciona Vinicius.
Projeto de irrigação
Em uma das premiações, a escola recebeu um valor pelo Sicredi que foi destinado na compra de duas caixas d’água, canos e equipamentos que serão utilizados para a criação de um sistema de irrigação do espaço destinado para plantio de alimentos, ainda em fase de construção.
“A primeira ideia que tivemos em relação a horta foi de aproveitarmos a água da chuva, como já tínhamos uma calha grande aqui na área coberta pensamos em fazer um projeto, isso faz uns três anos, para conseguirmos as duas caixas d’água. A parte mais complicada foi a da instalação, foram quase dois anos, pois precisávamos fazer uma base, mas conseguimos. No ano passado, como já tinham as caixas d’água sendo instaladas, um grupo do segundo ano do ensino médio juntamente com a Professora Taíse e Professor Coré desenvolveram um projeto de uma horta auto irrigada, em que conectam um arduíno, que será carregado via placa solar, e conectam o arduíno numa bomba que vai estar conectada a caixa d’água e vai ter sensores que serão responsáveis em sinalizar quando a terra tem umidade e quando não tem”, explica o Professor João Debastiani sobre o projeto de irrigação que será implementado.
A Professora Taíse complementa sobre os benefícios de se desenvolver uma horta escolar, conscientizando os jovens a terem uma alimentação mais saudável, levando em consideração o melhor funcionamento do corpo humano, o cuidado com o espaço em que estão inseridos, ações voltadas para as questões ambientais que favorecem não só os estudantes, mas as gerações futuras. Sem contar, que com o plantio de alimentos da horta os estudantes podem levar legumes e verduras fresquinhos para suas casas.