Quantos apps, sites e ferramentas estão ao nosso alcance hoje, com as mais diversas possibilidades, não é mesmo? Tecnologias com inteligência artificial fazem praticamente tudo por nós. E ainda surge aquele velho debate: será que as novas tecnologias vão substituir o trabalho dos seres humanos?
Acho que algumas áreas poderão, sim, ser otimizadas pela IA. Mas o meu ponto não é esse — não quero debater se ela vai substituir ou não. A minha questão é: quanto da nossa criatividade está sendo colocada em segundo plano por um texto pronto no ChatGPT? Será que estamos perdendo a capacidade de nos posicionar, argumentar, produzir?
De fato, o ChatGPT é uma realidade da qual não podemos fugir. E, sem dúvidas, é um facilitador na hora de elaborarmos nossos textos. Sou super a favor de usar a ferramenta para correções, para organizar algumas ideias, para tentar manter a coerência… O ChatGPT deve ser nosso aliado, e não nosso inimigo, na hora de produzir um texto. Não devemos abrir mão da nossa originalidade, da nossa forma de pensar materializada em palavras — veja só — escolhidas por nós.
Ao contrário do que muitos pensam, criatividade não é um dom nato, um talento reservado a poucos. Todos nós podemos desenvolvê-la. Depende do estímulo que cada um busca para aperfeiçoá-la.
Se nos limitarmos a escrever o básico e esperarmos que a IA nos entregue tudo de mão beijada, estamos abrindo mão da chance de desenvolver a nossa criatividade. Estaremos sempre à mercê de uma ferramenta que pense por nós. E não digo isso apenas no sentido jornalístico — em diversas áreas, esse problema já é visível.
Quantos professores recebem trabalhos de estudantes feitos exclusivamente por inteligência artificial? E o conhecimento pra onde vai? Nos permitirmos errar para dar espaço aos acertos...
Muitas pessoas esperam que o ChatGPT faça tudo por elas. Mas será que vale mesmo a pena terceirizar algo tão único quanto a nossa forma de criar? Volto a dizer, não sou contra ao uso de novas tecnologias, sou a favor de usá-las com responsabilidade.