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Laudo descarta ataque de cobra em afogamento

Instituto-Geral de Perícias afirma que corpo da vítima não apresentava fraturas

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Por Antonio Grzybowski - jornalismo@jornalbomdia.com.br
Foto Antonio Grzybowski

O delegado Adroaldo Schenkel, titular da 6ª Delegacia Regional de Passo Fundo e que responde interinamente pela delegacia da Polícia Civil do município de Sertão, deverá se manifestar nesta quarta-feira (3) sobre o laudo da morte de Guilherme da Silva Andrade (12). A vítima morreu na tarde do último domingo (31) no Rio Teixeira localizado no interior do município de Ipiranga do Sul. O corpo resgatado por familiares quase 24h após cair na água, foi sepultado na manhã desta terça-feira (2) no Cemitério Jardim da Colina, em Passo Fundo.
Ontem (2) à tarde, enquanto policiais do Pelotão Ambiental da Brigada Militar e do Corpo de Bombeiros de Erechim e Passo Fundo, vasculhavam as margens do rio na tentativa de localizar uma possível cobra que teria atacado o menino o Instituto-Geral de Perícias divulgou nota confirmando que a morte ocorreu apenas por afogamento, desmentindo os boatos que haviam fraturas em um braço e costelas da vítima.
De acordo com o agricultor Valdelir Pereira da Silva (37), Guilherme caiu no rio junto com um irmão. Ambos foram até a margem para lavar os pés, mas acabaram puxados pela forte correnteza provocada pela chuva. O irmão mais velho foi resgatado pelo tio, que mora em uma casa ao lado de onde ocorreu o fato. Valdelir conta que durante o socorro conversava com Guilherme para tentar acalmá-lo, enquanto o padrasto da vítima também jogou-se na água, mas que teria recuado após ver o adolescente ser puxado por uma cobra "de cor preta por cima e com a barriga amarela", descreveu a testemunha na tarde de ontem. Indagado sobre as partes avistadas do animal, Valdelir relatou que pela primeira vez viu toda a cobra "que se estendeu sobre a água", ponderou
Valdelir Pereira da Silva também contou detalhes do resgate do corpo ocorrido no fim da manhã de segunda-feira (1º). O tio, o padrasto da vítima e mais alguns familiares, decidiram mergulhar na água para localizar o corpo. Segundo ele a operação de resgate durou menos de dez minutos e o corpo de Guilherme foi encontrado quase ao lado do ponto onde desapareceu. De acordo com relato de testemunhas estava com os braços e pernas parcialmente dobrados para frente e com lábios roxos.
Guilherme era membro de uma família de cinco irmãos, estudava em Ipiranga do Sul e morava na terceira casa logo após a ponte, dentro do território de Sertão. 
Os relatos sobre a existência de uma cobra da espécie Sucuri dominam as rodas de conversa em Ipiranga do Sul. As incertezas sobre o ocorrido deixaram todos os moradores cautelosos. O mesmo procedimento foi adotado pelo Pelotão Ambiental e Corpo de Bombeiros, que destinaram nove policiais e socorristas para vasculhar a área. De acordo com sargento Gilmar Molinari, que comandou a operação, inicialmente foi realizado um trabalho de varredura nas margens do rio. Por volta das 16h foi autorizado o ingresso de um barco nas águas turvas para tentar localizar o animal que não teria sido visto nas últimas 48 horas. No fim do dia o Corpo de Bombeiros instalou uma armadilha no leito do rio. Até o fechamento desta edição a cobra não havia sido encontrada.

Nota da do Instituto-Geral de Perícias

Sobre o falecimento de Guilherme da Silva Andrade: o Instituto-Geral de Perícias esclarece que, no dia 1º de janeiro de 2018, o Posto Médico Legal de Passo Fundo recebeu o corpo de Guilherme da Silva Andrade para exames. De acordo com o Laudo de Necropsia, foram encontrados sinais internos de asfixia, além de sinais específicos de afogamento, os quais dão elementos para afirmar que a morte foi devido à asfixia mecânica por afogamento. Registra-se que os membros não apresentavam fraturas, bem como não há outras particularidades a serem mencionadas. Por fim, foi coletado um fragmento de pulmão para pesquisa de plâncton, exame confirmatório de afogamento.

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