A campanha Unidos Contra a Corrupção foi o tema da palestra de Guilherme France da Transparência Internacional, na noite de ontem, no auditório da FAE em Erechim. “Estamos levando essa campanha para o Brasil todo, liderada por organizações da sociedade civil que buscam eleger um Congresso Nacional renovado, com passado limpo e com compromisso de uma agenda de reformas anticorrupção”, afirma Guilherme.
Segundo ele, essa agenda de reformas anticorrupção surge como um conjunto de propostas que buscam enfrentar esse velho problema da sociedade. “Com a campanha Unidos Contra a Corrupção pretendemos oferecer uma ferramenta para que os eleitores possam identificar candidatos e candidatas ao Congresso Nacional, que estão efetivamente comprometidos com o combate a corrupção”, ressalta.
Conforme Guilherme, os cidadãos que já mostraram interesse na campanha já passam de 400 mil pessoas no Brasil e mais de 100 organizações. “Aqui no Rio Grande do Sul são mais ou menos 450 candidatos a deputado federal e temos apenas 30 candidatos que se comprometeram com esse pacote. Por isso, precisamos também que os eleitores pressionem os candidatos, exijam que tomem uma posição ativa em relação a esse pacote de reformas”, observa.
Ele explica que a corrupção tem que ser vista como um problema sistêmico, não basta apenas punir, garantir a celeridade do processo judicial, tem que tomar medidas para aumentar a prevenção, garantir a transparência das informações, incentivar o controle social, uma série de medidas que são necessárias para combater esse velho problema do país.
Uma das medidas, comenta Guilherme, busca garantir a transparência dos partidos políticos, que são elementos fundamentais do processo político, mas que ainda hoje não se tem conhecimento de como eles gastam os recursos públicos que recebem e como são os processos de decisão internos. “Quando elaboram a lista dos candidatos, não se sabe como foi elaborada, e ainda assim temos que escolher aqueles candidatos que eles apresentam”, ressalta.
O objetivo da medida é dar mais transparência na forma como os partidos têm gastado e administrado o dinheiro público, que vem do fundo eleitoral e, também, garantir uma democracia maior nos seus processos decisórios. “Garantir efetivamente que os filiados aos partidos decidam os rumos e não apenas os caciques”, afirma.
Guilherme convida os eleitores a continuar disseminando a campanha, entrar no site e conhecer quais são os candidatos que já se comprometeram com as agendas de reformas. “Para escolher dentre os que estão lá, quais são os seus candidatos de suas preferências políticas individuais, mas que cumpram essa agenda mínima de compromissos e reformas”, conclui.
O eleitor pode consultar quais candidatos já aderiram as 70 medidas, consultando o site (www.unidoscontraacorrupcao.org.br).