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Respeito à diversidade religiosa será tema de caminhada

Evento acontece no domingo, a partir das 17h, com saída na Praça da Bandeira até o Santuário Nossa Senhora de Fátima

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Por Izabel Seehaber
Foto Divulgação

No domingo (26), uma caminhada pretende mobilizar a comunidade de Erechim e chamar a atenção para um propósito central: o respeito e o amor às múltiplas expressões religiosas. Na terça-feira (21) foi celebrado o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, instituído por lei em 2007. Contudo, é preciso fortalecer essa ideia.

Conforme uma das organizadoras do evento, Elisa Pilotto, a proposta é unir a população em caminhada para demonstrar que é possível ser diferente e se respeitar. “Afinal, respeito é associado com civilidade, e, isso é básico. Cada vez mais temos observado casos de intolerância religiosa em nosso país, e, também, em nossa cidade. Em primeiro lugar devemos lembrar que atos de intolerância são considerados crime. Em um segundo momento precisamos lembrar que, independente da religião que seguimos, o respeito deve estar presente em todas as nossas atitudes”, destaca.

Elisa, contudo, cita que a comunidade erechinense tende a ser reservada. “Então é necessário ser realista e ter consciência de que há muitas pessoas que não irão se envolver. Contudo, a caminhada não é uma proposta somente para 2020. A ideia é fazer todos os anos e esperar que a participação aumente”, acrescenta.

O reitor do Santuário, padre Valter Girelli, reforça que sua expectativa quanto à programação está voltada a importância de se trabalhar o problema da intolerância (no sentido geral) e, particularmente, a intolerância religiosa. “Vivemos em um mundo marcado por isso, consequência geralmente do preconceito cultivado em relação ao outro que é diferente. No caso religioso, costuma ser mais grave porque geralmente se apela à divindade para justificar a ação intolerante. Hoje em dia isso não é mais concebido, pois vivemos em um mundo mais democrático, de pluralismo, das diferenças, e por isso, deve haver a tolerância. A diferença é obra de Deus. A desigualdade, não. Somos iguais na essência, todos seres humanos. Mais um motivo para respeitar todas as crenças religiosas”, comenta.

De acordo com o padre, a igreja católica, durante toda a história, teve muitos momentos de intolerância, onde ocorreram, inclusive, as chamadas “guerras santas”. “Com o passar do tempo, foi compreendido que aquilo era insustentável. Por isso, desde 1962, a igreja se abre para o diálogo antirreligioso. Todas as pessoas têm liberdade de escolher qual crença, igreja e religião irá seguir”, salienta, citando que “por isso, a caminhada tem o sentido de aproximar a partir das diferenças. As religiões tem os elementos essenciais de princípios, valores morais, éticos que se relacionam muito com o valor do amor, da paz, da divindade humana”.

A concentração para o evento inicia às 17h, na Praça da Bandeira e prossegue até o Santuário Nossa Senhora de Fátima onde o grupo será acolhido pelo padre Valter e a comunidade católica. É importante levar uma garrafa de água.

Após será realizado um rito em torno da água – símbolo da vida. “Com ela queremos marcar a possibilidade de construirmos uma nova realidade de diálogo, de respeito, de paciência e reconhecimento da divindade e das diferenças”, frisa o reitor.  

Mais informações podem ser obtidas pelo telefone: (54) 9-9143-1675.

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