“Faço isso há 34 anos. Isso é a minha vida”. Com essas palavras comecei a entrevista com o moldureiro, Jair Antônio Schwirck, que se dedica há anos a guardar os melhores momentos da vida das pessoas, eternizando-os em molduras.
Bons momentos
“Eu defino a minha profissão como um guardador de bons momentos, porque tudo que as pessoas trazem pra mim emoldurar têm algum sentimento. E eu respeito isso, porque é bom lembrar coisas que a gente fez e deixar elas penduradas na parede, bem guardadinhas, pra se olhar e lembrar aquilo que aconteceu”, explica.
A moldura certa
Jair explica que quando a pessoa quer emoldurar ele senta e conversa com o cliente para mostrar as diferentes possibilidades de molduras. “Porque tem que ver se a moldura combina com aquilo que será emoldurado, colocando um paspatur, enfim, fazendo algo bem bonito”, comenta. E, acrescenta, que muitos objetos podem ser emoldurados, como por exemplo, fotos, quadros pintados, espelhos, camisa do time preferido autografado, trabalho escolar do filho, entre outros.
Gratificação
Conforme Jair, todas as molduras que ele faz são marcantes, e a sua maior gratificação é, depois de terminar um serviço, ver a pessoa gostar do que foi feito. “Todas as molduras me marcam, porque gosto de fazer um bom trabalho e que as pessoas gostem dele também”, afirma.
Nova jornada
No momento, o moldureiro trabalha sozinho, já que resolveu montar o seu próprio negócio, depois de trabalhar muitos anos como funcionário. “Comecei a trabalhar e fiquei lá por muitos anos na antiga Vidraçaria Tosetto. Depois mais 10 anos na Oficina de Quadros, e, também, na Lumax. Agora, montei a minha empresa”, disse.
Atualmente, ele produz as molduras no porão da residência onde mora. “Lugar bem simples, mas me dedico muito para fazer bem feito”, afirma.
Confecção
O tempo para fazer as molduras varia muito. Jair explica que algumas, mais simples, demoram 10 minutos para serem feitas, e, outras, um dia inteiro. “Tem algumas molduras com muitos detalhes que levam 15 dias para se fazer, porque envolvem muitos detalhes, mais do que cortar e montar, elas precisam ser esculpidas”, explica.
Ele cita o exemplo da moldura da foto que ilustra a matéria e que ele aparece também, que foi realizada de forma artesanal. “Ela é a junção de cinco molduras, uma em cima da outra, em que montei, entalhei, pintei”, observa. Jair ressalta que são molduras diferenciadas, que não se encontram prontas, em barras, precisam ser criadas, pensadas e depois executadas.