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Data para lembrar da chegada do homem à lua

Em 20 de julho de 1969 Neil Armstrong se tornou o primeiro homem a pisar em solo lunar

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Por Carlos Silveira
Foto Ilustrativa

 "Um pequeno passo para o homem, um grande salto para a humanidade" — e para a ciência. Em 20 de julho de 1969, o astronauta norte-americano Neil Armstrong se tornou o primeiro homem a pisar na Lua, dizendo a célebre frase.

 O momento marcou a história não apenas da conquista espacial, mas do avanço científico e tecnológico, como um todo, e da sociedade que começava a se globalizar. Para comemorar os anos de conquista lunar, a Agência Espacial Norte-Americana (Nasa) planeja uma nova fase em suas missões espaciais, chamada de Vision for Space Exploration que pretende retornar à Lua.

Guerra fria

 A chegada do homem ao solo lunar foi uma conquista obtida na corrida entre Estados Unidos e Rússia (na época ainda União Soviética), as duas potências econômicas que disputavam, em meio à Guerra Fria, a superioridade científica e tecnológica (e também cultural). Os soviéticos saíram na frente com o lançamento do satélite espacial Sputnik, em 1957, e no mesmo ano, foram os primeiros a enviar seres vivos — a cadela Kudriavka e, logo depois, o astronauta Yuri Gagarin — ao espaço, em 1961.

Sete anos depois, os norte-americanos comemoraram o pioneirismo ao circunavegar a Lua e, no ano seguinte, a missão Apollo 11, tripulada por Michael Collins, Neil Armstrong e Edwin Aldrin, fincou a bandeira dos EUA na superfície da Lua aos olhos de telespectadores do mundo todo.

Mais longe

"Aquele não foi o primeiro voo tripulado, mas o primeiro em que o homem viajou tão longe, desceu em outro solo e retornou à Terra. Há um domínio tecnológico importante nisso", afirma Enos Picazzio, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP).

 "Um número muito elevado de áreas da ciência foi beneficiado pela viagem à Lua. Desde a medicina até objetos do dia-a-dia como as frigideiras de teflon", aponta Antonio Fernando Bertachini de Almeida Prado, presidente do Conselho do Curso de Pós-Graduação em Engenharia e Tecnologia Espacial, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Satélites

Uma das grandes marcas do desenvolvimento científico e tecnológico foram os satélites espaciais, que hoje possuem um enorme leque de utilidades: do monitoramento de tropas, desmatamento e mudanças climáticas até atividades corriqueiras, como atender ao telefone, assistir televisão ou acessar a internet.

 Na medicina, o sistema de telemetria (envio de sinais a distância), criado para monitorar a saúde dos astronautas, rendeu aplicações em marca-passos e ambulâncias. Soma-se a esses produtos, a comida desidratada e o velcro que, embora não tenham sido criados pelos programas espaciais, se popularizaram com eles.

Origem da terra

 Hoje, o que chama a atenção dos cientistas são as informações sobre a Lua que podem esclarecer sobre a origem de nosso planeta. "Como a Lua provavelmente foi formada a partir de fragmentos arrancados da Terra, o estudo de sua composição pode trazer importantes informações sobre a constituição interna de nosso planeta", aponta João Braga, vice-diretor geral, coordenador de centros regionais e pesquisador titular do Inpe.

 Além disso, a Lua poderá servir ainda como base, tanto para lançamento de artefatos orbitais como para instrumentos científicos, telescópios e radiotelescópios de grande porte. Depois da conquista lunar feita pela Apollo 11 houve mais seis missões à Lua, todas enviadas pelos EUA, somando 12 homens em sua superfície, de 1969 a 1972.

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