A última gota de um porvir...
Mamãe não sabe, e papai o saberá
da manhã de sol destes olhos?
Ainda é um barco amarrado
aos olhos, o motivo de tua luz pequenina.
E minhas mãos fugidias não alcançam
o céu dessa verdade.
Criança, que se difusa entre
o véu que encobre
a razão perdida do mundo, vem!
Há adeuses na rua...
Lá fora, mais pra lá das ausências
um nome, tarda.
Sei que houve o instante em uma rosa,
a canção adormecida do amor.
E agora, um pouco mais te debruças
ao vento, como a querer ouvir...
Existiriam esses passos
quando te roubaram dos olhos as pérolas?
Sei que ainda não ouves
o trinar, o queixume de cima
do teu mundo maravilhoso;
a ternura partindo, adormecendo
nos tapetes mágicos em que te acordam
anjos de boneca de chita.
E ursinhos, presentes de uma tia.
Enredo para um hino, vem!
Nunca deixes uma lágrima na rua,
a rua tem descaminhos...