A República Romana, constituída 500 anos antes do nascimento de Jesus, tinha uma forma de governo democrático no qual assembleias (Senado e outras) debatiam e votavam para estabelecer decretos, administrar recursos financeiros etc.

As descrições do Novo Testamento do governo estabelecido por Jesus nunca usam o conceito de Senado ou alguma forma de democracia. Jesus não é senador, e nem presidente escolhido para equilibrar o poder de outros governantes, como em nosso sistema atual de um governo dividido em três poderes.

Jesus não governa uma república ou democracia. Ele é monarca sobre seu reino.

No estudo da história e da política, identificamos vários tipos de monarquia. No caso do Reino do Senhor, o termo adequado seria monarquia absoluta. Jesus não foi escolhido por humanos, não divide poder com governantes eleitos e não depende da aprovação dos sujeitos. Ele exerce autoridade absoluta, como ele mesmo disse: “Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra” (Mateus 28:18). Em termos atuais, reúnem-se em Jesus os poderes legislativo, judiciário e executivo.

Qualquer pessoa que deseja comunhão com Deus precisa aceitar as importantes implicações desse fato, entre elas:

Não temos direito de mudar o governo do reino do céu. Deus deixou a liberdade para formar e manter governos humanos com suas próprias leis, impostos etc. O próprio Jesus comentou sobre diferenças entre seu reino e os reinos humanos: “O meu Reino não é deste mundo. Se o meu Reino fosse deste mundo, os meus ministros se empenhariam por mim, para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas agora o meu Reino não é daqui” (João 18:36). Em outra ocasião, ele orientou os ouvintes sobre pagamento de impostos: “Deem a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” (Marcos 12:17). Igrejas que criam sistemas de governo não encontrados no ensinamento de Jesus e os apóstolos colocam a vontade humana acima da sabedoria divina.

Os sujeitos devem ser obedientes em tudo. Não temos direito de debater e modificar as leis de Deus. Não cabe a nós passarmos as ordens do Senhor pela peneira da sabedoria humana. Nossos sentimentos não determinam certo e errado. Sabendo que Jesus tem toda a autoridade e que a palavra dele vai nos julgar, o único caminho sábio é o da submissão total.

Seiscentos anos antes da vinda de Jesus, o profeta Daniel disse: “...o Deus do céu levantará um reino que jamais será destruído” (Daniel 2:44).