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Saúde

Imunoterapia: menos sensibilidade à substâncias que causam alergias

Alergista e imunologista, Daniele de Sena Brisotto, comenta sobre o tratamento que é oferecido em Erechim

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"Há pacientes que começam a perceber os efeitos já nos primeiros frascos. É um investimento na saúde
Por Izabel Seehaber jornalismo@jornalbomdia.com.br
Foto Izabel Seehaber

Um tratamento que pode combater alguns tipos de alergia. Assim podemos resumir a imunoterapia. Mesmo sendo uma opção oferecida há muitos anos no Brasil, principalmente em grandes centros, muitas pessoas ainda tem dúvidas e ficam até desconfiadas por não conhecer muito sobre a técnica. Em Erechim é um tratamento relativamente novo, oferecido a menos de três anos.

Para explicar mais sobre o assunto, a reportagem do Bom Dia conversou com a médica alergista e imunologista, Daniele de Sena Brisotto.

Conforme a especialista erechinense, a imunoterapia alérgeno específica é um tratamento para algumas doenças alérgicas. Existem ainda, outras imunoterapias, na área da oncologia, por exemplo.

Nesse caso em que vamos abordar, no âmbito da alergista, as indicações são muito precisas e podem auxiliar pacientes com rinite alérgica, asma alérgica, conjuntivite alérgica, alguns casos de dermatite atópica, além de outras situações em que o sistema imunológico está deficiente (por exemplo as pacientes que tem candidíase vaginal por repetição ou herpes por repetição).

Daniele comenta que para fazer a imunoterapia é preciso realizar uma série de testes. “É uma forma de estimularmos o organismo, no caso de deficiência no sistema imunológico, e também nas situações em que o paciente é alérgico a ácaros ou a pólens. Fizemos a imunoterapia no intuito de reforçar o sistema imunológico para que possamos, aos poucos, dessensibilizar o organismo com doses crescentes daquele alérgeno que a paciente tem a alergia”.

A maioria das pessoas que faz o tratamento se desloca a outras cidades com Passo Fundo que já tem a opção há muito tempo e acaba sendo mais conhecida. No entanto, a imunoterapia é oferecida em Erechim e aos poucos, mais pessoas vão aderindo à opção.

No que se refere à indicação e tempo do tratamento, a médica cita que é, em média, de três a cinco anos. “Se for feito apenas por alguns meses não terá a mesma eficácia. Há também outros tipos de imunoterapia, que são as estimulantes e o tempo pode se adequar a alguns meses”, pontua.

De acordo com a especialista, a imunoterapia não leva em conta a questão de idade. Os únicos casos em que não pode ser feita é quando o paciente tem uma doença autoimune, tais como tireóide autoimune, lúpus, psoríase, casos em que é preciso ter um pouco mais de cautela. Do mesmo modo, estão os pacientes transplantados que não recebem a indicação para fazer a imunoterapia. “Fora essas situações, a partir dos dois anos de idade é possível realizar o tratamento”, acrescenta.

Efeitos colaterais

A médica explica que os efeitos colaterais a partir da imunoterapia são muito raros. “Existe a forma injetável e em gotas. Atualmente a maioria dos consultórios tem aderido mais à forma de gotas pois nesse caso o paciente consegue levar para casa. Só é preciso retornar a cada 45 dias para consultar e adquirir um novo frasco. Há pacientes que começam a perceber os efeitos já nos primeiros frascos. É um investimento na saúde”, salienta.

Daniele afirma que a imunoterapia também não altera a rotina dos pacientes, desde a alimentação e as atividades laborais, as quais continuam normais. “Há pessoas que reduzem drasticamente os sintomas alérgicos. Outras amenizam e utilizam poucos remédios. É o que há de mais eficiente nos casos já pontuados”, declara a especialista, citando ainda, que a imunoterapia para as pessoas que tem rinite pode diminuir as chances desses pacientes desenvolverem problemas mais graves como a asma, por exemplo.

 

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