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Economia

Taxa para pessoa física sobe e alcança 378,76% ao ano

Índices de juros para pessoa física e jurídica no período são os maiores desde o início de 2009, afirma estudo da ANEFAC

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Índices de juros para pessoa física e jurídica no período são os maiores desde o início de 2009, afirma estudo da ANEFAC

As taxas de juros das operações de crédito voltaram a ser elevadas em novembro de 2015, sendo esta a décima primeira elevação no ano e décima quarta elevação consecutiva. Das seis linhas de crédito pesquisadas, todas tiveram suas taxas de juros elevadas no mês (juros do comércio, cartão de crédito rotativo, cheque especial, CDC-bancos-financiamento de veículos, empréstimo pessoal-bancos e empréstimo pessoal-financeiras).

A taxa de juros média geral para pessoa física apresentou uma elevação de 0,13 ponto percentual no mês (3,41 pontos percentuais no ano) correspondente a uma elevação de 1,78% no mês (2,57% em doze meses) passando a mesma de 7,30% ao mês (132,91% ao ano) em outubro de 2015 para 7,43% ao mês (136,32% ao ano) em novembro de 2015, sendo esta a maior taxa de juros desde fevereiro de 2009.

Para pessoa Jurídica, das três linhas de crédito pesquisadas, todas foram elevadas no mês. A taxa de juros média geral para pessoa jurídica apresentou uma elevação de 0,06 ponto percentual no mês (1,14 ponto percentual em doze meses) correspondente a uma alta de 1,44% no mês (1,81% em doze meses) passando de 4,16% ao mês (63,08% ao ano) em outubro de 2015 para 4,22% ao mês (64,22% ao ano) em novembro de 2015, sendo esta a maior taxa de juros desde março de 2009.

De acordo com o diretor executivo estudos e pesquisas econômicas da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (ANEFAC), Miguel José Ribeiro de Oliveira, as elevações podem ser atribuídas ao “cenário econômico que aumenta o risco do crescimento nos índices de inadimplência”. 

Conforme ele, “este momento se baseia no fato de os índices de inflação estarem mais elevados, haver aumento de impostos e juros maiores, o que reduz a renda das famílias. O baixo crescimento econômico deve impactar no aumento dos índices de desemprego. Tudo isto somado e o fato de que as expectativas para 2016 serem igualmente negativas quanto a todos estes fatores, levam as instituições financeiras a aumentarem suas taxas de juros para compensar prováveis perdas com a elevação da inadimplência”

Taxa de juros x Selic

Considerando todas as elevações da taxa básica de juros (Selic) promovidas pelo Banco Central desde março de 2013, tivemos neste período (março de 2013 a novembro de 2015) uma elevação da Selic de 7,00 pontos percentuais (elevação de 96,55%). O índice passou de 7,25% ao ano em janeiro de 2013 para 14,25% ao ano em novembro de 2015.
Neste período, a taxa de juros média para pessoa física apresentou uma elevação de 48,35 pontos percentuais (elevação de 54,96%) de 87,97% ao ano em março de 2013 para 136,32% ao ano em novembro de 2015.

Nas operações de crédito para pessoa jurídica houve uma elevação de 20,64 pontos percentuais (elevação de 47,36%) de 43,58% ao ano em março de 2013 para 64,22% ao ano em novembro de 2015.

Perspectivas para os próximos meses

Tendo em vista o cenário econômico atual que aumenta o risco de elevação dos índices de inadimplência a tendência é de que as taxas de juros das operações de crédito voltem a ser elevadas nos próximos meses.

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