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Saúde

Região: 32 municípios tem a presença do mosquito Aedes

Conforme informações da Vigilância Ambiental em Saúde, da 11ª Coordenadoria Regional, já foram registrados três casos de dengue

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Os profissionais continuam seus trabalhos nos municípios, seguindo todas as orientações do Ministéri
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Por Izabel Seehaber
Foto Divulgação

Em um período onde as atenções estão voltadas especialmente à pandemia do novo coronavírus, outro assunto que também merece um cuidado redobrado é a prevenção do Aedes aegypti, mosquito causador de doenças como a dengue, Zika e Chikungunya.

A 11ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) de Erechim contempla 33 municípios, e destes, 32 tem a presença do mosquito Aedes aegypti.

Conforme informações da Vigilância Ambiental da CRS, até o momento já foram registrados três casos de dengue (denominados importados), sendo dois de Itatiba do Sul que viajaram para o Norte do País e uma pessoa de Jacutinga, que viajou a São Paulo. Todos já estão recuperados, porém, tiveram sintomas expressivos, como muita febre, dor no corpo e dor de cabeça.

A médica veterinária e coordenadora da Vigilância Ambiental, Maria Helena Dalmaso, explica que, nem todas as pessoas lembram, mas uma pessoa com dengue pode ser um risco enorme a todo município. “Já temos uma rede de saúde sobrecarregada em razão da covid-19, então podemos evitar outras complicações e mais essa demanda”, alerta.

Outra questão, segundo a coordenadora, é trabalhar a educação em saúde com a população, reforçando o estímulo das pessoas, especialmente nesse momento de quarentena. “Como muitas estão em casa, podem aproveitar o tempo para intensificar os cuidados e evitar reservatórios de água, os quais podem se tornar focos do mosquito Aedes”, orienta, citando que “devemos nos prevenir, pois sabemos muito sobre o mosquito, como ele se cria, como é possível evitar. É algo bem diferente da covid-19 que temos muitas perguntas sem respostas. A dengue é uma doença mais antiga e já estão disponíveis muitas informações sobre esse manejo ambiental”, salienta.

Desafios

Maria Helena reforça que, desde o início do programa de prevenção à dengue, uma questão considerada como desafio pela equipe de trabalho, é a falta da participação da população. “A maior parte não fornece essa resposta de cuidar dos terrenos. Outro fator que preocupa são as caixas d’água com captação de água da chuva. Essa ação precisa ser efetuada com muita responsabilidade. Se há um depósito, ele deve ser muito bem vedado e com monitoramento constante. Deve ser muito seguro ou é melhor não ter.

Âmbito estadual

No Estado a situação é muito séria. Até o dia 23 deste mês, foram registrados 3038 casos de dengue e cinco óbitos. É o terceiro maior número desde 2010. Em termos de comparação, o Estado não teve casos autóctones (que se origina da região onde é encontrado) em todo o ano de 2017 e 2018. “Os casos estão mais concentrados na região noroeste, porém, isso não quer dizer que o problema pode expandir pela região”, comenta Maria Helena. Ela frisa, ainda, que os profissionais continuam seus trabalhos nos municípios, seguindo todas as orientações do Ministério da Saúde por meio do uso de máscara, luva, mantendo o distanciamento das pessoas e realizando somente o trabalho nas áreas externas das residências. “Mesmo com o frio, não é hora de deixar de lado todos os cuidados, pois o mosquito permanece ativo no ambiente, mesmo com as baixas temperaturas, somente demora mais para virar adulto. As práticas devem integrar a rotina do dia a dia e durar o ano inteiro, de forma permanente”, destaca.

 

 

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