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Tecnologia

Meetup: a cada nova edição ecossistema de inovação de Erechim se materializa e sobe um degrau

O 2° evento do ano contou com os seguintes anfitriões, a presidente do CODER, Arlei Balestrin Cavaletti; o coordenador de Engenharia Elétrica da URI, Cássio Baratieri; e, a coordenadora de Engenharia de Produção da URI, Jessie Bruhn

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Secretario e o público
Por Assessoria de Comunicação
Foto Divulgação/ Prefeitura de Erechim

A cada nova edição do Meetup, o ecossistema de inovação de Erechim se materializa e sobe um degrau da construção. O evento incentiva o diálogo, a reflexão, a fusão de experiências pessoais e profissionais, analisa conceitos, estruturas, semeando grão a grão uma nova postura e atitudes críticas em relação à realidade local. Para isso, o Meetup tem uma receita especial, reunir na mesma mesa, Poder Público, empresas, universidades, institutos e a sociedade. A programação é uma iniciativa da Prefeitura de Erechim, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Turismo e Incubadora Tecnológica.

Anfitriões (hosts)

A 2a edição do ano e a 7a da série, promovida pela Incubadora Tecnológica de Erechim, foi realizada, na noite desta quarta-feira (19), em parceria com o Prime Loung, e contou com a presença da presidente do CODER, Arlei Balestrin Cavaletti; coordenador do curso de Engenharia Elétrica da URI, Cássio Baratieri; e, a coordenadora do curso de Engenharia de Produção da URI, Jessie Bruhn.

Construção do ecossistema de inovação

O diretor da Incubadora Tecnológica, Fabrício de Oliveira, como de costume, deu as boas-vindas aos presentes, agradeceu o trabalho de todos na organização do evento e disse que os participantes do Meetup, a cada edição, contribuem para o crescimento do evento. “Os hosts, os nossos anfitriões, estão compartilhando no Meetup as suas experiências de vida, os conhecimentos adquiridos ao longo dos anos, resultado de muito estudo, trabalho e vivências, eles falam sobre acertos, erros, conquistas, nas suas trajetórias profissionais e as perspectivas de indivíduos na sociedade, ou seja, estamos reunindo depoimentos carregados de significados que são os insumos necessários para estabelecer um ecossistema de inovação”, explica o diretor.

Cidade empreendedora

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Turismo, Emerson Schelski, disse que Erechim é uma cidade empreendedora voltada ao trabalho, mas, por outro lado, também não deixa de atender quem mais precisa. “Contudo, a nossa cultura está focada no trabalho em criar novos negócios, mais empregos, manter e ampliar os empreendimentos que hoje funcionam no município e que chegam a 16,5 mil CNPJs”, comenta o secretário.

Ele lembrou que em fevereiro, o município criou 377 postos de trabalho com carteira assinada e, em dois meses deste ano, já são 463 empregos formais. “E, em meio a tudo isso, estamos trabalhando para estruturar e desenvolver ambientes criativos, que consigam atrair pessoas interessadas em inovar, que busquem soluções, enfim, queremos criar e estruturar a cadeia tecnológica em Erechim, por meio da inovação de serviços e produtos, tendo a realidade local como base e, assim, gerar novos empreendimentos e profissões”, observa o secretário.

“Sonho e disciplina andam juntos”

O primeiro talk da noite foi a empresária e presidente do Conselho de Desenvolvimento de Erechim (CODER), Arlei Balestrin Cavaletti, que fez, inicialmente, um relato pessoal, sobre a organização familiar, depois falou sobre o trabalho e a trajetória profissional, a empresa que construiu e há 20 anos, com sede própria, atua no comércio varejista. Em seguida, abordou o trabalho voluntário, a passagem pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Erechim (CDL Erechim), como presidente em 2017-2018 e o trabalho que vem realizando no CODER.

“O principal de tudo é ser organizada, penso que eu não poderia ser bem-sucedida nestes trabalhos se eu não tivesse uma vida organizada em casa. Em primeiro lugar, eu estruturei a minha família de uma maneira que eu pudesse fazer bem o meu trabalho fora. E, desde que as crianças eram pequenas, sempre me dediquei muito a minha família, que é o meu maior pilar. A mensagem que eu gostaria de deixar é que a gente precisa ter foco, determinação, e ir atrás dos nossos sonhos, mas sem trabalho não se consegue realizar, viabilizar os sonhos. Sonhos e disciplina andam juntos”, disse Arlei.

Inovação e tecnologia

O segundo talk da noite iniciou com a professora e coordenadora do curso de Engenharia de Produção da URI, Jessie Bruhn, e o professor e coordenador do curso de Engenharia Elétrica da URI, Cássio Baratieri, que, juntos, falaram sobre inovação e tecnologia.

Inovar é um processo

“A inovação é um processo de criação e de implementação de forma bem-sucedida destas novas ideias, modelos de negócios ou novas tecnologias, e como se trata de um processo é fundamental envolver as pessoas nisso. Temos que levar em consideração todos os avanços, ferramentas e métodos que são desenvolvidos, mas não se pode distanciar da realidade local, do país e das pessoas por trás disso” comenta Jessie Bruhn.

E, acrescenta, “as ações ocorrem com quem detém grande parte do conhecimento científico e aplicado, neste caso, institutos e universidades, escolas. O Poder Público precisa ser um facilitador destas ações e um meio de compartilhamento e conexão entre as instituições. As empresas irão trazer respaldo tecnológico e muitas das demandas, que serão atendidas, as necessidades da sociedade, que serão traduzidas em produtos e processos. A sociedade, como um todo, tem que estar envolvida neste processo, e nada melhor para representar este movimento, que tem que acontecer, como este encontro que está acontecendo aqui, que une todas estas frentes para dialogar e encontrar soluções”.

A coordenadora, Jessie Bruhn, ressalta que é preciso entender o papel humano no processo de inovação. “Todo o ecossistema de inovação só consegue finalizar o processo de inovação com envolvimento de todos os atores”, disse.

Entender a realidade

O coordenador, Cássio Baratieri, falou sobre o desenvolvimento de tecnologias relacionadas à inovação, desafios que a universidade está enfrentando, como conciliar o desenvolvimento tecnológico, e o que as empresas querem. Ele falou sobre as novas tendências e fez um panorama da tecnologia, como era há 15, 20 anos e porque ela está acelerada. “Hoje se fala muito na indústria 4.0, em inteligência artificial, que estão rapidamente entrando no cenário profissional, e temos que formar pessoal capacitado para este mercado para acompanhar estas mudanças, que estão sendo muito rápidas”, explica.

Ele comentou sobre as parcerias com empresas, desde a abertura dos cursos de engenharia na URI, para desenvolver produtos e serviços, e como isso ajuda a fomentar a tecnologia. “A tecnologia não necessariamente precisa estar relacionada com inovação, pode ser meramente uma necessidade que o mercado está impondo, então, é importante saber qual o papel da universidade neste sentido”, afirma.

“A tecnologia é importante, mas antes de seguir uma tendência é preciso pensar, realmente, se isso vai trazer resultados e para que eu quero ela. A gente precisa entender a realidade atual, qual tecnologia vai trazer resultados para o nosso cenário, e o nível de maturidade que estamos hoje. Precisamos entender o que os outros estão fazendo, buscar ideias e tentar aplicá-las, mas conforme as nossas necessidades e condições regionais”, observa Cássio Baratieri.

 

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