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Economia

“Informação de qualidade para impulsionar o setor agrícola”

Afirmação é do coordenador de agricultura da Alfa, Claudiney Turmina sobre o Projeto Giro da Safra

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Por Assessoria
Foto ASCOM

 O cenário da cultura do milho, neste ano, é otimista e reflete indicadores positivos que unem clima favorável e manejo adequado. Essa é uma síntese observada durante as ações que envolvem mais uma edição do Giro da Safra.

 O projeto, desenvolvido pela Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária, por meio da Epagri, e Sicoob Central SC/RS, tem o apoio de instituições parceiras, a exemplo da Cooperalfa.

 O objetivo é acompanhar e avaliar o desenvolvimento de lavouras de milho, seus potenciais e desafios. Neste ano, a região Oeste de Santa Catarina, uma das principais produtoras de grãos do Estado, foi a escolhida para o trabalho.

 

 Evento na sede da Associação Atlética Recreativa Alfa - AARA, em Chapecó/SC, reuniu produtores, profissionais da área técnica e autoridades. A ideia foi compartilhar parte dos dados observados até o momento, por meio dos resultados das coletas. Entre os parâmetros considerados, produtividade, plantabilidade e a ocorrência de pragas. Também foi organizado um questionário para avaliar alguns itens tecnológicos a serem melhorados nas áreas.

 

 O coordenador de agricultura da Alfa, Claudiney Turmina, destacou a importância da qualidade da informação. “Cada vez mais precisamos ter esse detalhamento para que as entidades possam planejar propostas de trabalho, programas de governo, sendo um dos aspectos de grande importância, a armazenagem de grãos. O Giro da Safra é um projeto muito interessante, o qual torcemos que tenha continuidade para favorecer todo o setor”, enalteceu.

 Conforme o agrônomo, o projeto contempla o pequeno, o médio e o grande produtor, mostrando que é possível produzir mais - com auxílio de programas governamentais e melhoramento dessas iniciativas - e direcionamento da assistência técnica para que se tornem mais eficientes.

 Durante a cerimônia, o presidente da Epagri, Dirceu Leite, disse que a noite foi de comemoração. “Essas parcerias permitem que possamos evoluir nas previsões de produção, de produtividade e vai oferecer dados concretos para que o setor produtivo cooperativista de Santa Catarina, que emprega tantas pessoas e produz tantas riquezas, possa se planejar. Santa Catarina é o quinto maior produtor de alimentos e tudo isso é resultado de um povo que acredita e trabalha. A Alfa é um grande exemplo de instituição que está envolvida em projetos como esse, apresenta colaboradores para ajudar e que está preocupada com seus cooperados. Com isso, sabemos que podemos evoluir”, enfatizou.

 



 

Tecnologia como aliada

 O engenheiro agrônomo e pesquisador da Epagri, Felipe Bermudez, explicou que o objetivo principal é fazer com que a estimativa de safra seja a mais próxima da realidade do produtor. “Isso contribui para que o Estado possa desenvolver políticas públicas de enfrentamento do nosso déficit de milho, de aproximadamente 5 milhões de toneladas - o qual é recorrente no estado de Santa Catarina -, e assim, conseguimos ter melhores parâmetros para oferecer a assistência mais adequada aos produtores.

 Trata-se de uma cultura muito sensível e qualquer problema, pode levar à prejuízos expressivos. Desse modo, é importante que os produtores estejam melhor amparados”. Nesta edição do Giro da Safra foi selecionada uma amostragem em 85 propriedades. Com esses dados é possível avaliar as estimativas de produção e, assim, fazer ajustes.

 

 Quando ao cenário da safra, Felipe comentou que o cenário é bem melhor que nos anos anteriores, pois o clima contribuiu com mais chuva para o desenvolvimento do milho e os produtores que optaram por investir na cultura, colheram bons resultados. “Mesmo com uma diminuição de em torno de 30 mil hectares de área plantada de milho no Estado, temos uma previsão de produção maior que no ano passado, com maior rendimento por hectare”.

 

 Para o técnico agrícola que atua na Alfa, Rafael Bellé, é muito importante ter essa previsão antecipada de safra. “Enquanto equipe técnica, auxiliamos principalmente no cadastro das áreas e condução dos trabalhos, desde o plantio e todo acompanhamento das lavouras, amostras e posteriormente a colheita. Estamos sempre próximos dos produtores, desde a escolha do híbrido e todos os manejos que envolvem o desenvolvimento da cultura”, pontuou ao acrescentar que pesquisas realizadas pela Epagri e outras instituições também auxiliam em todo o manejo e sucesso de desenvolvimento das lavouras. “Agradecemos aos produtores que disponibilizaram suas áreas para o levantamento de dados e seguimos à disposição de todos”.

 

Mapeamento

 De acordo com o analista de pesquisas da Epagri, Haroldo Tavares Elias, o projeto prevê um avanço contínuo para driblar a falta de milho. “É uma satisfação saber que a safra está sendo positiva, o milho tem indicativo de fortalecimento de preços e o agricultor com essa produtividade apontada. Isso é importante para a própria manutenção do pequeno produtor do Estado e de toda a cadeia produtiva de suínos e aves. Estamos mapeando as lavouras, com uso de imagens de satélite e inteligência artificial para monitorar, classificar e ter esses números mais assertivos”.

 

Reflexos na prática

 O associado Nadir Sachetti participa do Giro da Safra pela primeira vez. Segundo o produtor que cultiva milho há muitos anos e nesse ano dedicou 23 hectares para o cereal, esse trabalho é muito importante e auxilia nas tomadas de decisão. “Os técnicos nos orientam, apresentam opções de sementes e estamos num aprendizado constante. A estimativa nesse ano é colher até 200 sacas por hectare. Em 2024 enfrentamos a falta de chuva e agora estamos otimistas. Compramos bem os insumos e isso nos ajuda a ter mais rentabilidade e a cooperativa também evolui”.

 

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