O câncer de colo de útero é uma das neoplasias que mais afeta as mulheres no Brasil e ocupa uma posição de destaque nas preocupações da Secretaria Estadual da Saúde. Em 2024, o Rio Grande do Sul registrou o 4º maior número de novos casos dessa doença, segundo dados do Painel Oncologia, do Ministério da Saúde. Nesse contexto, a campanha Março Lilás busca alertar sobre a importância do diagnóstico precoce e estimular o cuidado preventivo.
A principal causa do câncer de colo de útero é a infecção pelo papilomavírus humano (HPV), que pode ser assintomática e se desenvolver lentamente. O exame citopatológico (Papanicolau) é fundamental para a detecção precoce, permitindo identificar lesões iniciais e evitar a progressão para o câncer. No Rio Grande do Sul, em 2024, foram realizados 423.436 exames de rastreamento, com ênfase nas mulheres e pessoas com útero de 25 a 64 anos que já tiveram atividade sexual.
Além disso, a vacinação contra o HPV é uma ferramenta poderosa na prevenção da doença. Disponível para meninas e meninos de 9 a 14 anos, e para grupos de risco, como pessoas com HIV, transplantados e pacientes oncológicos, a vacina tem se mostrado uma aliada no controle da infecção.
O Observatório do Câncer, iniciativa da SES, contribui para o monitoramento e melhoria dos indicadores relacionados ao câncer de colo de útero, oferecendo informações tanto para a população quanto para profissionais de saúde.