A Doença de Alzheimer (DA) é uma enfermidade neurodegenerativa, progressiva e fatal, que compromete funções cognitivas essenciais como memória, linguagem e raciocínio. A condição afeta principalmente idosos e é hoje a principal causa de demência em pessoas com mais de 65 anos, respondendo por mais da metade dos casos registrados no mundo.
O Alzheimer se manifesta inicialmente por perdas de memória recente, mas com o avanço da doença surgem dificuldades na comunicação, no reconhecimento de lugares e pessoas, e na realização de tarefas cotidianas, evoluindo para um estado de completa dependência.
Segundo especialistas, a causa exata ainda é desconhecida, mas acredita-se que fatores genéticos tenham um papel determinante. A doença tem início quando o cérebro passa a processar proteínas de forma inadequada, provocando acúmulos tóxicos dentro e entre os neurônios — o que leva à morte celular em áreas como o hipocampo, responsável pela memória, e o córtex cerebral.
Os estágios do Alzheimer
A evolução do Alzheimer é dividida em quatro fases:
- Estágio 1 (inicial): lapsos de memória, mudanças de personalidade e dificuldades visuais-espaciais;
- Estágio 2 (moderado): problemas na fala, agitação, insônia e limitação de movimentos;
- Estágio 3 (grave): dependência em atividades básicas, incontinência e deficiência motora;
- Estágio 4 (terminal): acamamento, mutismo, dificuldade para engolir e infecções recorrentes.
A sobrevida média após o diagnóstico varia entre 8 e 10 anos, com progressão lenta e irreversível.
Sinais de Alerta
Entre os sintomas mais comuns estão o esquecimento de acontecimentos recentes, a repetição de perguntas, a dificuldade em encontrar palavras, a perda de orientação no tempo e espaço e as mudanças de humor como agressividade e apatia.
Fatores de risco e estimulação cognitiva
Envelhecimento e histórico familiar são os principais fatores de risco. Além disso, pessoas com baixa escolaridade parecem ser mais vulneráveis. Isso porque a estimulação cognitiva ao longo da vida fortalece as conexões neurais, o que pode atrasar o surgimento dos sintomas.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico do Alzheimer é feito por exclusão, envolvendo testes clínicos e laboratoriais. Médicos como neurologistas, psiquiatras ou geriatras especializados podem identificar os sinais da doença com base em avaliações cognitivas e neurológicas detalhadas.
Embora não exista cura, o tratamento oferecido pelo SUS é gratuito e integral, com abordagem multidisciplinar. Medicamentos podem ajudar a retardar o avanço dos sintomas, e o suporte familiar é essencial.
Prevenção: a mente em movimento
Ainda sem prevenção específica, o Alzheimer pode ser retardado com hábitos saudáveis, como a leitura e exercícios mentais, as atividades físicas regulares, a alimentação balanceada, a vida social ativa e evitar álcool e cigarro.
A conscientização sobre o Alzheimer é fundamental para promover o diagnóstico precoce e garantir mais qualidade de vida aos pacientes e seus cuidadores.