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Segurança

Tribunal condena dupla por homicídio qualificado

Evandro José Barbosa e Ana Kélen Basse receberam penas de 18 anos de prisão pelo assassinato do aposentado Oswaldo Moreira (65)

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Por Izabel Seehaber - izabel@jornalbomdia.com.br
Foto Izabel Seehaber
Foi realizada nesta quinta-feira (31), na 1ª Vara Criminal da Comarca de Erechim, a sessão de júri popular referente a um crime de homicídio qualificado. A sessão foi presidida pelo juiz, Marcos Luís Agostini. Pela acusação atuou o promotor Gustavo Burgos de Oliveira. Na defesa estiveram os advogados Érico Alves Neto e Larissa Pivato Varella. Já o corpo de jurados esteve composto por sete pessoas (quatro homens e três mulheres). O julgamento foi acompanhado por acadêmicos e familiares da vítima e dos acusados.


Na ocasião foram julgados os réus Evandro José Barbosa (35) e Ana Kélen Basse (29), acusados pelo assassinato do aposentado Oswaldo Moreira (65), por asfixia mecânica no dia 30 de março de 2016, às margens da BR 153, próximo ao trevo de acesso à Gaurama. Conforme o processo, na sequência os acusados teriam levado o corpo até as margens da ERS 420, momento em que decidiram empurrar o carro em uma ribanceira, simulando um acidente.

A sessão 
Primeiramente foi ouvida a ré Ana Kélen Basse, a qual, segundo o juiz, alterou a versão do primeiro depoimento em juízo. Desta vez, ela disse que na data do crime teria marcado um encontro com Evandro e que Oswaldo teria seguido o casal. "Ele descobriu sobre o relacionamento e começou a ameaçar", revelou diante dos jurados.


Segundo a ré, teria começado uma discussão e Evandro teria agarrado a vítima pelo pescoço, a qual veio a falecer no local. Logo após os dois teriam saído do local no sentido à ERS 420. Ainda durante sua fala ao juíz, Ana disse que não pode se declarar inocente, pois estava junto ao fato. Porém, afirmou que não quis matar Oswaldo. 

Na sequência, foi chamado o réu Evandro José Barbosa, o qual assumiu a autoria do crime após deduzir que Oswaldo estaria "alterado" em conversa com Ana. Contudo, negou a intenção em matar. "Nos apavoramos e resolvemos esconder o corpo", revelou.


Após alguns questionamentos por parte do promotor e apontamentos das defesas, foi organizado o momento do debate. 

Sentença
A sentença judicial ocorreu por volta das 20h e ambos os acusados foram condenados por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver. A pena prevista é de 18 anos de reclusão, em regime inicialmente fechado. Os dois réus podem recorrer da decisão recolhgidos ao Presídio Estadual de Erechim.

Relembre o caso
Conforme noticiado pelo Bom Dia, o corpo foi localizado no dia 1º de abril, dentro do próprio carro, nas proximidades da ERS 420, entre Erechim e Aratiba. 
De acordo com a investigação policial, além de Osvaldo, Ana Kellin Basse matinha relação extraconjugal com outro homem e outro amante. O terceiro homem na vida de Ana seria o chapeador Evandro José Barbosa, proprietário de uma oficina localizada nas proximidades da casa de Ana. 


Na época, em depoimento à polícia, Evandro confirmou que assassinou Osvaldo e ajudou Ana a ocultar o corpo. Foi ele quem mostrou para os policiais o local que o carro foi abandonado e foi preso na madrugada do dia 2, em casa, onde estava com a família. Ana foi presa na casa mãe, no início da tarde de sábado 2, no Bairro José Bonifácio. 


O delegado Gustavo Ceccon interrogou Ana que admitiu ser amante de Osvaldo desde 2014 e que recentemente havia terminado o relacionamento extraconjugal com a vítima. Conforme a versão da suspeita, a partir deste momento o aposentado começou a fazer ameaças e disse que iria contar sobre o caso para o marido dela. "Ela contou que ele até chegou a imprimir as mensagens que recebia de Osvaldo para mostrar ao marido", informou o delegado. Ana ainda teria dito à autoridade policial que estava cansada da chantagem. 

 

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