Começa essa matéria pelo fim, de uma reunião sobre a criação da Associação dos Amigos do Castelinho, realizado na noite de quinta-feira, 6, na Câmara de Vereadores de Erechim, onde reuniu a sociedade civil, entidades e setor público (Executivo e Legislativo).
De fora, é possível ver opções
A arquiteta da Prefeitura de Erechim, Ariane Pedrotti de Ávila Dias, do Serviço de Patrimônio Histórico e Cultural, ao final do encontro, parafraseou José Saramago: “é preciso sair da ilha para ver a ilha”. Uma frase oportuna, pois estando na ilha (nesse caso do contexto em Erechim), não conseguimos ver com clareza que há opções para o Castelinho, um prédio histórico, centenário, que muitos municípios gostariam de ter, e não tem.
Objetivo de angariar fundos
A reunião teve como objetivo criar essa associação, com o intuito de angariar fundos para o restauro completo do Castelinho, pois quanto mais tempo passa, mais oneroso será. O projeto já está pronto e aprovado, e já tem R$ 4 milhões garantidos (R$ 2 milhões do Executivo e R$ 2 milhões do Legislativo). O restante dos valores, que precisam ser atualizados, será buscado na iniciativa privada através de leis de incentivos, através de emendas de deputados federais, e outras formas de custeio.
Responsabilidades e organização
A reunião foi organizada pelo gabinete da vereadora Carla Talgatti, que frisou em sua fala que não se trata de um projeto de um só vereador e sim da sociedade civil, que organizada será responsável por entregar essa obra, tão aguardada para a comunidade.
Sociedade civil
O secretário de Cultura, Esporte e Economia Criativa, Wallace Soares, também defendeu na mesma linha. Que a Associação dos Amigos do Castelinho seja composta por pessoas da sociedade civil, representantes de entidades.
Um projeto de todos
O presidente da Câmara, Fifo Parenti, salientou a importância de ser um projeto de todos, e não de uma pessoa, para desta forma fluir e sair do papel.
Relevância histórica
Várias representantes de entidades se expressaram, ressaltando a importância da recuperação do Castelinho, pela sua relevância histórica, o que representa para os antepassados que colonizaram Erechim.
Pertencimento
Todos foram unânimes em afirmar no momento em que o restauro estiver pronto, a população que o vê como um prédio invisível hoje (pois está fechado e deteriorando há muito tempo), se sinta parte do processo, e esse pertencimento é fundamental no momento que abrir às portas e ser ocupado com as mais diversas expressões culturais do município.
O próximo passo
O próximo passo é elaborar o estatuto (já se tem esboços) e escolher a direção da Associação dos Amigos do Castelinho. Para tanto foi marcada nova reunião para a próxima quinta-feira, 13, no mesmo local. E um detalhe, é que nenhum um servidor público, políticos em mandato irão fazer parte desta associação, e sim sociedade civil organizada.