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Cultura

Tributo a Gildinho emociona público na 26ª Feira do Livro de Erechim

A homenagem a Nésio Alves Corrêa é um reconhecimento da importância de sua música para a história e a cultura do município

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Tributo a Gildinho.JPG
Por Gabriela de Freitas
Foto Gabriela de Freitas

Um dos momentos mais significativos da 26ª Feira do Livro de Erechim, realizada sob o tema “Erechim, histórias e contos”, foi o tributo prestado a Nésio Alves Corrêa, o Gildinho, fundador do grupo Os Monarcas. O evento aconteceu na Praça do Livro e reuniu autoridades, familiares, artistas, leitores e admiradores da música tradicionalista gaúcha.

Reconhecimento à trajetória de Gildinho

A cerimônia teve início com homenagens institucionais. O secretário municipal de Cultura, Esporte e Economia Criativa, Wallace Soares, entregou uma homenagem oficial à esposa de Gildinho, Dona Santa Corrêa, representando a família. Também foram saudadas a patrona da feira, Maria Lúcia Carraro Smaniotto, e a presidente da Academia Erechinense de Letras, Zeni Bearzi.

Gildinho foi reconhecido por sua contribuição à música e à cultura do Rio Grande do Sul. Fundador dos Monarcas em 1972, ao lado do irmão Francisco Corrêa (Chiquito), dedicou mais de 50 anos à música nativista. Ao longo da carreira, o grupo lançou mais de cinquenta álbuns e levou a cultura gaúcha a diferentes públicos dentro e fora do Brasil.

Livro registra a história dos Monarcas

Durante o tributo, foi apresentado o livro “Os Monarcas: 50 anos! Meio século de paixão pela música tradicionalista gaúcha”, projeto idealizado pela empresária Tatiana Santin. A publicação, viabilizada por meio da Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), resgata a trajetória do grupo desde suas origens até os palcos nacionais e internacionais. O livro foi distribuído gratuitamente no estande da Academia Erechinense de Letras.

Homenagem musical no palco

O Centro de Belas Artes Oswaldo Engel, onde Gildinho iniciou sua formação musical, prestou uma homenagem com apresentação do estudante Murilo Dassi e do professor Rodrigo Sabbi. Eles interpretaram três músicas ligadas à história do artista:

  • Que linda é a vida (Ângelo Reale Filho)
  • La Cumparsita (Matos Rodriguez)
  • O primeiro e o último mate (Rodrigo Bauer / Vantuir Cáceres)

A escolha do repertório relembrou momentos importantes da vida de Gildinho e emocionou o público presente.

Legado que continua

Em seguida, o grupo Os Monarcas subiu ao palco com sua formação atual. Evandro Corrêa, sobrinho de Gildinho e atual gestor do grupo, agradeceu pela homenagem e destacou a continuidade do trabalho iniciado pelo tio. Uma canção inédita, composta especialmente para o tributo, foi apresentada pelo músico João Argenir, como forma de manter viva a ligação entre família, tradição e música.

Memória e identidade cultural

Ao incluir o tributo na programação da Feira do Livro, Erechim reconheceu o papel fundamental de Gildinho na construção da identidade cultural da cidade. Mais do que uma homenagem pontual, o evento foi uma forma de valorizar sua contribuição como artista que levou o nome de Erechim além das fronteiras regionais, através da música tradicionalista. A presença de sua obra permanece viva no cotidiano da comunidade — seja nas canções que continuam a ser interpretadas, nas lembranças de apresentações marcantes ou no exemplo de dedicação à cultura local. Celebrar Gildinho, neste contexto, é manter viva a memória de uma trajetória que ajudou a moldar o sentimento de pertencimento e orgulho regional.

O evento encerrou com a apresentação do grupo Os Monarcas, que segue levando a música tradicionalista gaúcha a diferentes regiões, mantendo viva a herança construída ao longo de mais de cinco décadas.

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