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Cultura

Feira de Economia Criativa valoriza artistas locais durante a Feira do Livro

Ciranda de Arte reúne talentos visuais e artesanais em espaço de troca, exposição e aproximação com o público

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Por Gabriela de Freitas
Foto Maria Emília Botini

Durante a programação da 26ª Feira do Livro de Erechim, a Feira de Economia Criativa trouxe um espaço dedicado a artistas visuais e artesãos da cidade, proporcionando visibilidade para o trabalho autoral e fomentando o contato direto entre criadores e visitantes. A atividade integrou a agenda do evento literário, aos domingos, com foco na promoção da cultura local.

Entre os expositores, Adriano Abreu e Maria Emília Botini, compartilharam a experiência de fazer parte da mostra coletiva com outros oito artistas. “Foi uma experiência muito bacana. A proposta nasceu dentro da Casa de Cultura Ciranda de Arte. Conseguimos organizar tudo com muito empenho, foi uma oportunidade importante para as pessoas terem contato com a arte, com beleza”, explicou, “A Ciranda tem proporcionado visibilidade constante para artistas e artesãos locais”.

Ciranda como ponto de encontro cultural

A Ciranda de Arte, projeto sediado em Erechim, foi idealizada para ser um espaço de valorização e estímulo à produção artística da cidade. A iniciativa conta atualmente com 21 expositores, entre integrantes fixos e convidados, reunindo profissionais das artes visuais, artesanato e arquitetura.

Segundo Cleusa Moraes, coordenadora da Ciranda, o projeto nasceu de um sonho antigo de fomentar a arte e oferecer um espaço acessível e colaborativo. “A arte é uma expressão da alma. Trabalhei mais de 30 anos com educação infantil e sempre vi a importância de trazer cultura desde cedo. A Ciranda nasceu para mostrar que o artesão é um artista e merece ser visto”, afirma.

A casa onde o projeto funciona pertence à família do marido de Cleusa, e passou a ser usada como sede da Ciranda de Arte, após um processo coletivo de amadurecimento da ideia entre os próprios artistas. “Foi tudo feito por nós mesmos. A Ciranda não é um grupo fechado — ela gira, como o nome diz. É um espaço de troca, onde ninguém solta a mão de ninguém”, completa.

Caminhos para a continuidade

Para além da Feira do Livro, a Ciranda segue com uma programação ativa. Um dos próximos eventos já tem data marcada: no dia 1º de junho, a Associação Aquarela Pró-Autista realizará uma exposição com 15 alunos na sede do projeto. As mostras são frequentes, com pelo menos uma atividade por mês, adaptadas conforme o calendário e datas sazonais.

Além da agenda cultural, a Ciranda de Arte também busca apoio institucional para capacitação dos seus participantes. Parcerias estão sendo pleiteadas para oferecer formações em precificação, empreendedorismo e valorização profissional.

O artista Adriano Abreu vê na Ciranda uma oportunidade concreta de aproximação com o público. “É difícil ter onde expor. A Ciranda funciona como uma vitrine. Antes, eu não tinha tido a chance de participar. Agora que fui pela primeira vez, quero continuar”, relata.

Espaços e possibilidades para a arte local

Para os entrevistados, Erechim possui grande potencial artístico, mas carece de espaços contínuos de divulgação e valorização. “As pessoas confundem arte com produto barato, algo comercial. Esquecem que uma obra é única, pessoal”, diz Abreu.

Maria Emília concorda: “Muitos nem sabem que esses artistas existem. Falta um ponto de referência. A Ciranda pode ser esse espaço. Precisamos de continuidade, não apenas ações pontuais durante eventos.”

A Ciranda de Artes, portanto, surge como uma resposta à demanda por um local permanente onde arte, artesanato e cultura possam florescer — um passo importante para fortalecer a identidade artística de Erechim e gerar novas conexões entre criadores e comunidade.

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