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Cultura

Esquecido, monumento ao Pequeno Jornaleiro pede socorro

Abandonado e vandalizado, faz parte da história de Erechim desde a sua inauguração em 1952

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Por Carlos Silveira
Foto Carlos Silveira

 Erechim, nos seus 107 anos de emancipação político administrativo tem muita história para contar para a sua população e, dentro destas histórias existem os monumentos que foram erguidos para prestar homenagens a pessoas, grupos de pessoas, personalidades, associações e outras tantas outras que de uma forma ou de outra fizeram alguma coisa e que, por respeito, merecem estar na história de seu povo, ou seja, para que as novas gerações que vão surgindo possam saber quem e como criaram o lugar que chamamos de lar.

         Mas, como a história é como o tempo que anda para frente e não volta atrás, estes mesmos monumentos que outrora eram destaque, passaram para a inglória e para o esquecimento pela maioria da população, principalmente as gerações mais novas que pouco se preocupa com temas como estes.

         Entre um dos monumentos que faz parte da história de Erechim pela sua importância e significado encontra-se, novamente no esquecimento e sofre nas mãos de vândalos que ora ou outra acabam quebrando algumas partes do mesmo. Atualmente, não sei se foi por apologia à política, quebraram o dedo minguinho da mão esquerda, os dedos dós pés e as duas orelhas também não escaparam da ação do tempo como da mão humana.

  Também pela ação do tempo, é tomado por fungos, o que para muitos, o descrevem como uma tumba antiga em pleno centro da cidade. Mesmo em 2025, pela falta de uma placa, a grande maioria da população não sabe por que ele se encontra ali.

A sua história

 O Monumento ao Pequeno Jornaleiro, localizado no canteiro central da Avenida Maurício Cardoso, em Erechim, é uma homenagem à figura do jornaleiro, especialmente os jovens que, no passado, vendiam jornais nas ruas da cidade. A escultura foi doada ao município por Gelsomina Carraro, esposa do diretor do jornal A Voz da Serra, no aniversário de Erechim, em 30 de abril de 1952.

 A obra foi esculpida pelo artista plástico italiano Mateo Tonietti em tamanho natural. Originalmente, o menino representado na escultura segurava um cigarro, um detalhe que foi removido em restaurações posteriores. Na última restauração, realizada em 2014, o cigarro foi novamente colocado.

 Ao longo dos anos, o monumento sofreu diversos atos de vandalismo. Em março de 2011, a estátua foi depredada, com a cabeça e o abdômen da escultura sendo quebrados e espalhados pelo canteiro. A obra foi restaurada pela artista plástica Ivone Demoliner.

 Em julho de 2014, o monumento foi novamente alvo de vandalismo, com a cabeça da estátua sendo arrancada e ficando pendurada sobre o peito. A Secretaria de Cultura, Esporte e Turismo de Erechim consultou um artista plástico para avaliar o procedimento mais adequado para recuperar o monumento.

 O monumento é considerado um dos mais antigos e bonitos da cidade, sendo um símbolo da memória coletiva de Erechim. Ele retrata o trabalho árduo e a dedicação dos jornaleiros, especialmente os jovens, que desempenhavam um papel fundamental na disseminação da informação na cidade. A escultura permanece como um marco histórico e cultural, lembrando a importância da figura do jornaleiro na história local.

QR CODE

         Recentemente o Legislativo aprovou Projeto de Lei do vereador Claudemir de Araújo que pede a colocação de códigos QR CODE em todos os monumentos da cidade para que as pessoas possam acessar e saber sobre seu significado. Questionado sobre a atual situação dos monumentos, o mesmo garantiu que também estará solicitando, junto à municipalidade, o restauro antes da instalação dos códigos. “Não sabia da atual situação deste monumento, mas iremos solicitar junto a Pasta competente a sua restauração”.

Walace Soares

         Já com relação a restauração do monumento em específico, o secretário de Cultura, Esporte e Economia Criativa de Erechim, Walace Soares destacou, nesta segunda-feira, que não há previsão por hora, mas garante que o tema é assunto da Pasta, tanto que em agosto deste ano acontece o Ciclo de Debates sobre o Patrimônio Público, a exemplo de monumentos. “Precisamos preservar a memória de nossa cidade e vamos buscar ideias para colocar na Lei Orçamentária de 2026, principalmente para monumentos como este que se encontra no coração da cidade”.

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