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Opinião

Memórias de viagem

Países Escandinavos – Noruega – Cidades Norueguesas – Polo Norte – 8

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Marlei Klein
Por Marlei Carmen Reginatto Klein
Foto Marlei Carmen Reginatto Klein

No Ártico – Polo Norte

O Aeroporto de Svalbard foi o local onde embarcamos com destino a Oslo, capital da Noruega. O tempo de viagem foi de mais ou menos três horas. Manhã gelada e nevava. Não era possível pensar em embarcar com clima assim. Mas lá é normal acontecer. O avião de uns duzentos lugares aguardava no meio de uma pista de decolagem. Neve no ar e gelo no chão. Não havia túneis de embarque – sanfonas - era chegar e subir as escadas. Eu estava parada, na porta de saída do aeroporto, pensando em como andar no gelo até as escadas do avião, quando uma simpática jovem japonesa, sem dizer nada, deu-me seu braço e pegou a minha bagagem de mão. As malas já estavam no avião. Fomos andando, devagar, até chegar. Subimos as escadas e agradeci-lhe muito o seu gesto. Não esperaria o mesmo no Brasil.

Preparando para decolar

Sentada junto à janela, observava tudo o que acontecia. Máquinas limpadoras tiravam constantemente a neve que acumulava nas pistas. Na hora de partir, fortes jatos de água com produtos químicos, foram jogados sobre o avião. Imediatamente, o aparelho começou a taxiar, sem perder tempo, senão o gelo o cobriria novamente. Fomos andando e subindo, subindo. Tudo aconteceu normalmente. A maioria dos passageiros eram noruegueses e falavam muito. Pediam muito um coquetel tradicional de frutas. Muito educados, quiseram saber a nossa opinião sobre o que vimos e conhecemos.

Oslo: cinzenta e bela

A partir de março, os dias são mais longos e o sol está até às 21 horas. O hábito é jantar cedo- pelas 18h30 min. A impressão é de que não escurece nunca. Apesar de os dias poderem ser cinzentos a cidade é bela. Ela possui o maior nível de desenvolvimento humano, segundo as Nações Unidas. O mais importante é que nela é recebido o Nobel da Paz- no belo prédio da Prefeitura. Oslo exala cultura por todos os lados, com museus, prédios históricos, atrações culturais, teatros e belíssimos parques. A minutos do centro, está um centro de ski dos mais famosos do mundo. A modernidade de Oslo, com seus arranha-céus de concreto, vidro e de arrojo arquitetônico, contrasta bastante com a paisagem bucólica do interior da Noruega.  

Oslo: campo e cidade

Escondida no fundo de um magnífico fiorde, ao pé de colinas verdejantes, a capital norueguesa é uma cidade arejada e tranquila. Cerca de 75% de sua superfície é ocupada por florestas, pomares e lagos. Isto surpreende muito numa cidade moderna. Sua arquitetura renascentista não foi muito preservada, mas possui uma bela história. No seu fiorde, os vikings haviam construído um porto muito ativo. A cidade foi fundada em 1048. No fim do século XIII, ela se tornou a capital da Noruega. A cidade teve dificuldades para se desenvolver, pois o país vivia à sombra da poderosa Dinamarca.

A Dinamarca e a Noruega

Em 1536, a Noruega se tornou uma província dinamarquesa e Oslo foi chamada de Christiania, pois Cristiano IV era o rei da Dinamarca. Oslo continuou sob autoridade dinamarquesa até 1814. Em 17 de maio deste ano, o rei Cristiano VIII aceitou emancipar a Noruega. Contudo, uma invasão sueca pôs um fim provisório aos sonhos de independência. Hoje, essa data é o principal feriado nacional do país. É então, com muita tranquilidade, que os habitantes de Oslo homenageiam sua nação. Em 1905, aconteceu a independência da Suécia e Christiania retomou seu velho nome: Oslo – em 1925.  A cidade teve verdadeira ascensão, com o surgimento de indústrias e a fundação de uma universidade.

Edvard Munch (1863-1944)

É até hoje imensamente popular, o único pintor nórdico cuja influência é reconhecida em todo o mundo. Durante a vida, não foi um sucesso, pois conservou consigo a maior parte da sua obra: mais de 22 000 mil peças foram doadas à cidade de Oslo em 1940, pouco antes de sua morte. Só postumamente foi reconhecido como o Pai do Expressionismo. Ao longo do tempo, doações de particulares se juntaram à grande doação já realizada e encheram o Museu Munch, inaugurado em 1963. A luta de sua vida contra doenças e os tormentos mentais estão presentes na maior parte da sua obra. Seus quadros mais famosos “O Grito” e “A Noite” estão nesse museu. A grande quantidade de obras, em exibição, revela a presença constante da melancolia e da solidão. Está aberto de junho ao final de agosto, todos os dias. De setembro a maio está aberto das terças às sextas-feiras.

Teatro Nacional – Palácio Real – Hotel Continental

Na minha viagem, recentemente realizada, e estando num dos altos andares do Hotel Radisson, consegui observar a proximidade desses três locais. No centro, um belo parque com jardins e uma pequena floresta cortados por caminhos de pedra e pequenas fontes. Contam que a Rainha atual, quando a família se encontra no Palácio, gosta de caminhar pelo parque. O Hotel Continental é o mais tradicional de Oslo. A mesma família o administra desde 1900 de maneira impecável.  A família Brochmann, a proprietária, possui a maior coleção norueguesa de ilustrações do pintor Munch. O Hotel está muito ligado ao Teatro, pois hospeda artistas e convidados. Possui restaurante, bar e café. Este é o Theatercafeen – um autêntico café vienense. Animado e sempre lotado. Vale a pena conhecer o café e usufruir da beleza do ambiente. Para conhecer, fomos a este café. Os preços são como os de qualquer Café da Europa. Sempre para conhecer um local, principalmente um hotel, é interessante chegar no seu Café ou Restaurante. Mas, há um estabelecimento da mesma família Brochmann: o Annen Etage, casa elegante onde são servidos os mais refinados jantares da cidade.

O Aker Brygge é um fascinante bairro de compras – um paraíso para quem gosta de olhar vitrines. Os cais, invadidos por restaurantes charmosos e não muito baratos, oferecem belíssima vista do fiorde que contorna a cidade. Ao longe, uma península onde está a casa de veraneio da família real.  

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